Esta é já a terceira parte de um artigo que pretende demosntrar os 50 locais onde não esperaria encontrar Linux. Na parte I e na parte II demos a conhecer alguns desses locais onde por vários motivos, principalmente por questões económicas, importantes organizações, empresas, cidades, etc, decidiram mudar para uma opção mais económica, aderindo ao sistema operativo open source, Linux.
Quais serão os 10 locais de hoje?
21. ESTADO INDIANO DE TAMIL NADU
Depois de ter sido posto fora por tácticas de agregação da Microsoft para utilizadores académicos, o estado indiano de Tamil Nadu decidiu distribuir 100 mil PCs aos estudantes. Esses PCs eram para ser vendidos para estudantes pelo preço de 800 dólares, ou seja um desconto considerável em comparação ao valor da venda a retalho. O governo de Tamil pretendia adquirir à Microsoft a licença para windows a um preço de 12 dólares para cada PC, no entanto a empresa americana manteve-se firme nos $57, o que levou o Estado Indiano de Tamil Nadu a migrar para Linux de imediato.
Em Setembro de 2008 a Suiça converteu 9.000 dos seus computadores para Linux, passando a usar o OpenOffice.org e um conjunto de ferramentas de produtividade nos escritórios de Genebra. Mais uma vez, as motivações da Suiça foram os valores de licenciamento.
A cidade italiana de Balzano, com uma população estudantil a rondar os 16.000, passou a usar uma distribuição personalizada do Linux em todas as suas escolas, no ano de 2005.
Segundo indica o artigo da Rediff em Setembro de 2006, cerca de 1,5 milhões de estudantes de 2650 escolas governamentais do ensino secundário, deixarão de usar o SO Windows. Os computadores foram migrados para o software GNU/Linux e os alunos começaram a desenvolver e realizar as actividades educacionais, como as de processamento de texto, através do software OpenOffice.org. Um dos funcionários de uma das escolas de Kerala, indica que a partir de agora o SO open source será o único utilizado para o ensino de informática nas escolas. Kerala procedeu também a um programa de formação de 56.000 professores em Linux.
O programa One Laptop Per Child é um programa construido à volta do OLPC XO-1 que, segundo a Wikipédia trata-se de um PC de baixo custo, com Linux e que será distribuido por milhões de crianças como parte do projecto Um “laptop” por criança, com especial atenção nos países em desenvolvimento. Mais uma vez, o factor do preço/baixos custos foi decisivo para a implantação do Linux no programa.
O artigo da CRN, de 2006, indicava que em Agosto de 2008 mais de 20.000 estudantes do estado de Indiana, utilizariam Linux, através de um programa de estado para a implantação de baixo custo, e fácil gestão no local de trabalho. Após a migração, tornou-se possível ter um computador por cada aluno, uma vez que, antes da migração os custos de software, por computador, rondavam os 100 dólares, e depois pôde ser reduzido para apenas $5. Quando antes apenas 24 escolas do ensino secundário estavam informatizadas, agora 80 conseguem ter acesso fácil à tecnologia.
A Novell é uma reconhecida empresa de software e serviços, e em 2006 anunciou que estava a migrar toda a sua empresa do SO Windows para Linux, nos desktops dos funcionários. A partir de Abril de 2006, cerca de 5000 computadores tinham sido migrado para o SO open source e em Novembro a migração estaria nos 80%. Esta seria uma mudança ousada e abrangente, numa grande e estável empresa, e demorou mais de um ano para que todo o processo estivesse concluído.
Também a Google é adepta do Linux. O cada vez maior cluster de servidores que o gigante motor de busca utiliza, trabalha com base em Linux. Mas a google não se contentou com o ‘standard’, e preparou engenheiros que inventaram uma versão personalizada do Ubuntu , o como Goobuntu. O SO Linux é usado em servidores e também internamente em desktops.
Além de desenvolver o seu trabalho em Linux, a IBM também o utiliza nos seus desktops e servidores. A empresa lançou um anúncio na TV, em 2006, designado “IBM Supports Linux 100%”. Talvez tenha sido a IBM que, na última década tenha contribuido mais para o crescimento da Linux, tanto a nível financeiro como de desenvolvimento.
A gigante de electrónica Panasonic, é outra das empresas de renome que utiliza Linux para efectuar alguma das suas operações. Tal como o Serviço Postal americano, a Panasonic também migrou para Linux apenas quando o Windows NT se tornou inadequado, e quando a empresa necessitava de sistemas de correio de voz. Então, invés de pagar licenciamento do Windows NT, os programadores da empresa criaram o seu prórprio sistema baseado em Linux que incorpora tecnologia de correio de voz. Este sistema foi tão bem sucedido que acabou por substituir completamente o SO Windows que foi, desde então deixado de usar.
E assim ficaram apresentados estes 10 novos locais. Como podem reparar, não só as empresas optam para mudar para o SO Linux, como também algumas preferem por desenvolver o seu prórpio sistema baseado em Linux.
A pergunta de hoje é então: Qual a melhor distribuição Linux para vocês? Ou preferiam desenvolver uma diferente?
Artigos Relacionados