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UE deve abrir investigação à Unity por práticas anticompetitivas da empresa de jogos

Nos últimos dias surgiu um problema no setor dos jogos que ainda está sem um fim à vista. A Unity decidiu aplicar um polémico imposto que faz com que os programadores e estúdios paguem pelas instalações feitas pelos jogadores. E agora a UE deverá abrir uma investigação à empresa de jogos por práticas anticompetitivas.


Antes de mais vamos tentar resumir aquilo que está no centro desta polémica. A Unity decidiu alterar a sua política e, desta forma, criou uma nova taxa, designada Unity Runtime Fee, aplicada aos programadores e estúdios quando os seus jogos baseados no motor gráfico Unity Engine forem instalados pelos jogadores, sendo cobrado o valor de 0,20 dólares por cada primeira instalação. Claro que esta medida deixou os criadores de jogos fora de si e muitos já ponderam mesmo alterar a estrutura dos seus títulos para o motor Unreal Engine.

Para além disto, na semana passada o CEO da empresa de jogos decidiu fechar dois dos seus escritórios temporariamente depois de ter recebido uma ameaça de morte, consequência dessa mesma taxa. E há agora mais um episódio nesta novela…

UE deverá investigar a Unity por práticas anticompetitivas

Depois desta polémica taxa, os programadores de jogos da União Europeia uniram-se e pediram que a Unity seja investigada devido às suas práticas anticompetitivas, as quais levam os seus clientes e a indústria de jogos ao fracasso. Esta medida pode levar a que os criadores tenham uma maior dificuldade em levar adiante os seus projetos criados no Unity Engine e, por conseguinte, terem que abrir falência.

A Federação Europeia de Programadores de Jogos (EGFD) diz que a decisão da Unity de aplicar estas taxas é, sem dúvida, uma prática anticompetitiva por parte da empresa e que requer uma investigação. Neste sentido, a entidade mostra de que forma a empresa usa ferramentas analíticas e de publicidade para atrair os utilizadores.

Ou seja, a Unity é acusada de dificultar a competição e de recolher os dados e usá-los para publicidade direta, mas a federação considera que esta estratégia cria uma desvantagem em relação às plataformas de distribuição de jogos que não usam anúncios. Desta forma, um determinado jogo poderá gerar vários downloads (o que leva depois à cobrança da taxa), mas pouco rendimento para os programadores. Assim, a EGDF acredita que a Unity tem utilizado uma política de preços baixos para alcançar um público maior e afastar a concorrência.

A nova taxa da Unity será aplicada a partir de janeiro de 2024, mas parece que até lá muita coisa ainda pode acontecer… Resta-nos ficar atentos aos novos desenvolvimentos desta situação.

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