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Google Stadia: a latência não será uma preocupação de maior

O Google Stadia é o novo serviço de streaming  que ficamos a conhecer no dia 19 de março. Antes de mais nada, a sua premissa é incrivelmente simples, mas de difícil implementação. Aliás, até mesmo para uma empresa com a dimensão da Google e um dos problemas ou preocupações é efetivamente o tempo de latência.

O tempo entre o envio de um sinal ou comando e o seu registo no lado do servidor, por exemplo.


Ainda que durante a apresentação do produto tenham ficado muitas questões por resolver, a pouco e pouco a Google vai revelando novos detalhes. Entretanto, cumpre lembrar que a versão final do serviço, acessível ao público, só chegará no final de 2019. Até lá, questões como o tempo de latência terão certamente resposta.

 

O tempo de latência no Google Stadia

Querendo estar em todo lado, ao mesmo tempo, o Google Stadia não se prende a dispositivos físicos. Assim, carece de uma ligação sólida à internet, ou pelo menos de 25 Mbps para proporcionar uma experiência sólida de jogo em qualquer ecrã. Aliás, nesse sentido já esclarecemos um dos pontos mais cruciais do serviço, aqui.

Assim sendo, basta ter um dispositivo capaz de utilizar o navegador Chrome para aceder ao Stadia. Seja ele uma Smart TV, um smartphone, tablet e claro, todo o tipo de computadores. Com todo o processamento a ocorrer do lado do servidor, o utilizar tem apenas que desfrutar das sessões de jogo, sem mais preocupações.

Contudo, no que ao tempo de latência diz respeito, existem dois relatos contraditórios. Em primeiro lugar, o testemunho da PCGamer que não ficou impressionada. Aliás, ao testar o Assassin’s Creed Odissey ou o Doom Eternal, o problema da latência tornou-se aparente. Um arrasto ou atraso impeditivo de uma boa experiência.

 

O Stadia está ainda a ser aprimorado pela Google

Ainda que o relato da fonte supracitada possa ser desanimador, e é, a verdade é que o serviço ainda não está finalizado. Assim, a empresa está ciente que tem que garantir uma fluidez equiparável à de um PC gamer, caso queira convencer este difícil e exigente público. Por conseguinte, veremos várias melhorias no serviço.

Ainda de acordo com o seu relato, os problemas de latência estão maioritariamente adstritos à versão não final do Stadia. Assim, acaba por ser expetável, mas mesmo assim desagradável, jogar com arrasto, lag ou um tempo de latência demasiado alto para ser tolerável.

Já, por outro lado, e de acordo com o relato da Gamerant, o tempo de latência não será um problema. Não para o público geral, assim que o produto final estiver pronto a ser lançado. A propósito, relembro que a Google não avançou ainda qualquer preço definitivo para a subscrição mensal deste serviço de streaming.

 

O tempo de latência não será um problema para o Google Stadia

Aproveitamos ainda para fazer uso do testemunho da TechCrunch, fonte que viu a taxa de frames a cair subitamente durante a versão de demonstração do Doom. Aliás, não só a taxa de fps, bem como a resolução do jogo em si. Passando de 4K ultra-HD para uma versão comparável ao Minecraft, tudo isto devido a flutuações.

O problema demonstra o caráter ainda instável do serviço, atualmente a prioridade absoluta da empresa, com o intuito de o resolver. Aliás, apesar deste forte soluço, o testemunho do TechCrunch foi manifestamente positivo, sobretudo no que à resolução máxima de 4K a 60 fps diz respeito. Algo que chegará ao consumidor.

Apesar da queda inicial, a minha experiência com o Stadia foi largamente positiva. Aliás, o Doom 2016 foi extremamente detalhado em 4K e pude realmente jogar e concentrar-me do jogo sem ter que pensar em que serviço ou plataforma o estava a jogar. Em suma, é o melhor elogio que se pode fazer a uma nova plataforma como esta – testemunho  de Lucas Matney com a TechCrunch.

O Google Stadia garantirá streaming 4K a 60 fps

Para tal, a tecnológica recorrerá a hardware de peso, algo que felizmente já deu a conhecer. Assim, teremos uma lista extremamente poderosa de componentes de processamento. Em seguida, tudo isto será distribuído através das centenas de data centers da empresa, aqui com o intuito de minimizar o tempo de latência.

Em suma, temos aqui um leque de especificações técnicas colossais. Aliás, bem ao nível da ambição do Stadia, e da própria Google. Algo que estará ao dispor não só dos jogadores, mas também dos programadores e criadores de novos conteúdos. Em seguida, temos também o testemunho da Digital Foundry relativamente à experiência de streaming.

166,67 ms de tempo de latência no estado atual do Stadia

A fonte supracitada terá conseguido medir o tempo de latência com o valor acima referido. Os dispositivos utilizados para o efeito foram um Pixelbook ligado à internet. Assim, tal como já era de esperar, este tempo está ainda longe de ideal e pode efetivamente comprometer a qualidade do jogo em streaming.

Contudo, o serviço está a ser ultimado e, durante os próximos meses, veremos este valor a ser drasticamente reduzido. Só assim o Stadia se poderá comparar a uma das já estabelecidas plataformas e atrair até os jogadores mais exigentes. Numa última nota, os testes da Digital Foundry não foram feitos num ambiente perfeitamente controlado.

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