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Análise X-Men: destiny (Playstation3)

Já no passado foi aqui discutido a temática sobre as mais diversas séries de Banda Desenhada que actualmente, se vêm introduzindo no Universo dos Videojogos. Uma delas e já com alguma experiência nestas andanças pertence ao Mundo dos X-Men e, a sua mais recente incursão é a deste X-Men: Destiny.

Devo confessar que nunca fui um seguidor muito atento ao Universo X-Men e como tal foi sem grandes expectativas que peguei neste Destiny, avançando para a aventura sem qualquer tipo de preconceito ou de emoção extra.

Será que Destiny atinge o seu Destino?

A história, criada por pelo argumentista da Marvel Mike Carey (X-Men: Legacy), através duma animação bastante esclarecedora, dá-nos a conhecer um punhado de informações úteis para compreendermos a nossa missão e o enredo do jogo. Os X-Men perderam o seu líder, Professor Xavier, às mãos dum robot de nome Bastion (enviado do futuro para terminar com a guerra entre humanos e mutantes) e Cyclops adquire assim a liderança dos X-Men. Entretanto, e na sequência animada inicial somos colocados perante uma apresentação, em San Francisco, dum projecto de paz organizado por Luis Reyes, advogado pacifista, e cujo objectivo é precisamente a obtenção da paz duradoura. Mas …. algo corre mal e assim começa a nossa aventura. Será que Magneto (principal suspeito) é realmente o culpado?

Para começar fiquei com a impressão de que a história seria bastante sólida e que, com uma boa exploração do enredo aliada aos poderes dos nossos X-Men que teria bastantes condimentos para se tornar numa experiência excelente.

Ainda na sequência animada são-nos dados a conhecer três personagens distintas, das quais teremos de seleccionar uma como sendo a nossa personagem ao longo do jogo; Aimi Yoshida,uma refugiada japonesa filha de pais mutantes conseguiram passá-la clandestinamente para os USA, desconhecendo ela própria os seus poderes, Adrian Luca um filho dum membro dos “purifiers” (seita humana contra os mutantes) que tenta vingar a morte do seu pai sendo talvez a personagem mais interessante por isso mesmo, e por fim, Grant Alexander um universitário que apenas quer ser jogador profissional de Futebol Americano.

No arrancar do jogo na minha PS3 reparei logo em algo que me desapontou um pouco; durante perto de 5 minutos o jogo fica apenas a carregar ficheiros para o sistema. Ok, que se trata de processos que aceleram o acesso aos ficheiros do jogo, mas …. 5 minutos??

Gráficos: 7,6

Analisar este Destiny graficamente á algo inglório, pois embora os X-Mens com os quais vamos nos deparando ao longo da aventura (e são muitos, como por exemplo, Cyclops, Iceman, Toad, Quicksilver, Emma Frost, Mystique, Nightcrawler, Emma Frost, Magneto) estejam todos lá e, perfeitamente representados, os cenários que os envolvem acaba por parecer um pouco desleixado aqui e ali.

As texturas usadas para a criação dos diferentes cenários aparentam um pouco de cansaço.

A visualização dos diferentes poderes dos X-Men é bastante boa mas por vezes torna-se algo confusa não nos apercebendo bem do que acontece.

Por outro lado os cenários, na maioria dos casos, empurram-nos nas direcções certas faltando a sensação de liberdade e de grandiosidade da cidade de San Francisco. Gostava de ter visto mais elementos destrutíveis ou arremessáveis.

Som: 7,0

Embora as vozes emprestadas à nossa personagem pertençam a actores já experimentados, acabam por não ter aquela vivacidade que seria de esperar. O mesmo aplica-se às restantes personagens. Não há aqueles diálogos energéticos e carregados de adrenalina e espírito de missão.

Por falar em diálogos, esse é um sistema usado no jogo, um pouco como em Dragon Age e outros jogos, em que temos várias opções para manter uma conversa e consoante o que escolhemos, o nosso interveniente logo debita alguma coisa. É também através destes diálogos que aceitamos ou recusamos missões dos X-Men, Brotherhood ou Purifiers.

Não gostei muito do esquema dos diálogos. Corta um pouco a acção para além de podermos repetir cada deixa as vezes que quisermos não havendo opções que eliminem outras, e por assim adiante.

Jogabilidade: 6,5

O jogo é uma montanha russa de emoções. Embora grande parte do tempo se passe a socar, esbofetear, pontapear, atacar com raios ondas e ondas de Purifiers, em autênticas sessões de encher chouriços, quando chegam os bosses, muda de figura. O seu grau de exigência obriga na maior parte do tempo a morrer à primeira, para saber como matar à segunda. O problema é que mesmo à segunda é bastante complicado. São exigentes a nível de percepção de técnica no uso das combos, ataques e defesa.

No entanto, enquanto não há bosses há muito metralhar nas mesmas teclas e em algumas sequências quase podemos jogar de olhos fechados, o que é o mesmo que dizer que o jogo é na maior parte dos casos, repetitivo na acção e nas mecânicas de combate.

No inicio do jogo somos presenteados com a possibilidade de escolher os nossos poderes iniciais, e estes são: manipulação de energia, blades (lâminas) ou manipulação do corpo, que duma forma geral correspondem a 3 tipos de ataque à nossa escolha (à distância, proximidade e rápido ou de proximidade e lento) que nos transmite um pouco de estratégia inicial e que potencia abordagens distintas ao jogo.

O aparecimento de ocasionais Arenas embebidas nas missões acaba por nos dar a possibilidade de desancar mais uns desgraçados e, acima de tudo, ganhar pontos que poderão ser usados para upgrades e aquisições.

Foi incluído duma forma bastante semelhante ao usado em Captain America um sistema de apanhar objectos escondidos nos diversos cenários que, servem essencialmente para nos ajudar a perceber este mundo dos X-Men.

Já mencionei as diversas missões que ocasionalmente nos vão surgindo na história. Essas missões são-nos apresentadas pelos personagens com os quais nos cruzamos na nossa aventura, e na sua maioria estão bem contextualizadas na história, mas que pecam por falta de profundidade na mecânica do jogo, pois uma vez que correspondem a decisões de ajudar os X-Men ou a Brotherhood penso que deveria ter um impacto maior na nossa relação com essas duas facções. Aliás, esperava uma história um pouco mais dinâmica consoante as personagens que escolhemos, e as decisões que tomamos.

Uma das mais-valias que X-Men: Origins apresenta é a possibilidade de irmos adquirindo ao longo do jogo de X-Genes que basicamente nos permitem utilizar forças e ataques especiais de outros X-Mens quando os equipamos (por exemplo podemos lançar fogo com o X-Gene do Torch). É um conceito bastante interessante e que nos dá uma dose adicional de interesse ao jogo.

Longevidade: 6,5

A ausência de Multiplayer, pode ser compreensível no modo história, mas poderia ter bastante impacto em diversos modos online. É uma pena, pois seria deveras interessante assistir e ingressar em combates online entre os X-Men e a Brotherhood.

Quanto ao modo Singleplayer a campanha consegue cumprir cerca de 7 horas de entretenimento mas que acaba por trazer razões para voltar mais vezes … pelo menos mais duas …. Para jogarmos com todas as 3 personagens.… de resto ….

 

 

Nota Final- 6.8

[0…....10]

Destiny diverte e tem bons momentos, mas precisa de ter mais alma para atingir o próximo nível. Embora apresentando combos e ataques distintos e diversos X-Genes para descobrir ao longo da aventura, acaba por se tornar em algo repetitivo. Aliás, as próprias dinâmicas das missões são bastante repetitivas e o facto de sermos sempre empurrados na direcção certa é algo castrador de liberdade. Os combates com os bosses, algo afastados uns dos outros, trazem uma injecção de adrenalina que deveria estar presente desde o inicio. X-Men é um jogo que entretém e com alguns bons conceitos, dos quais destaco precisamente os X-Genes e a história de cada personagem, mas, que acaba por não nos satisfazer totalmente. Para os fãs do Universo X-Men a presença de todos os seus personagens preferidos, o ambiente X-Men style, o final surpreendente, enfim … funcionarão como mais-valias, mas para os restantes …….. talvez o Destino não seja bem este!

 


Género: Beat’em Up


Plataforma Analisada: Playstation 3


Outras Plataformas: Xbox 360, Nintendo Wii, Nintendo 3DS


Site Oficial de X-Men: Destiny

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