Mais de 200 pessoas foram mortas e pelo menos 450 ficaram feridas num total de 8 ataques coordenados a igrejas cristãs e hotéis no Sri Lanka durante a manhã do dia 21. Entretanto, as redes sociais foram bloqueadas. Falamos do Facebook, WhatsApp, YouTube, Instagram, Viber, bem como o Facebook Messenger.
Uma série de vários ataques terroristas, perfeitamente coordenados e orquestrados, causaram já mais de 207 mortos. No entanto, este valor pode infelizmente vir a aumentar, de acordo com os dados da polícia. Com efeito, estes são os ataques mais mortíferos no Sri Lanka desde que o país se livrou da guerra civil há mais de uma década. Ainda que nada pudesse fazer prever esta série de ataques suicidas e bombistas, há várias nuances.
Mais de 200 mortos em ataque terrorista no Sri Lanka
Em primeiro lugar, cerca das 8:45 (hora local) ocorreu uma série de explosões em três igrejas católicas durante a celebração da missa de Páscoa. De acordo com a fonte, uma explosão foi sentida na capital do país, na cidade de Colombo, com as outras duas explosões a ocorrer em simultâneo, mas em pontos diferentes do país.
Cumpre ainda, em segundo lugar, frisar que a população de fé cristã é uma minoria neste país asiático, mas estava então especialmente reunida na celebração da Páscoa. Ao mesmo, cumpre referir que também foram atacados três hotéis com recurso a engenhos explosivos, contudo, ocorreram ainda duas outras explosões.
Entre hotéis, restaurantes e habituações comuns. Os ataques terroristas cobriram o país com um rasto de destruição simultânea e organizada. Aliás, de acordo com uma testemunha dos ataques, o atentado não poupou alguns dos melhores hotéis, tendo ocorrido durante o pequeno-almoço, portanto, no início da manhã.
Há um português entre as vítimas
De acordo com a fonte supracitada, há um português entre as vítimas mortais. Além disso, contam-se 30 estrangeiros entre os mortos desta manhã. Já de acordo com o Vox, temos três cidadãos de nacionalidade britânica, dois de cidadania chinesa, dois turcos, um holandês, bem como três indianos, entre outros.
Entretanto, as reações aos atentados já se fazem sentir nas redes sociais como o Twitter.
.@POTUS and I are monitoring the horrific attacks on those celebrating Easter in Sri Lanka. Our hearts & prayers are with the victims & their families. This atrocity is an attack on Christianity & religious freedom everywhere. No one should ever be in fear in a house of worship.
— Vice President Mike Pence (@VP) April 21, 2019
Já em resposta aos atentados deste Domingo de Páscoa, o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe já deu uma conferência de imprensa. Aí, deu a saber que aparentemente existiu informação sobre um possível ataque, antes dos atentados deste domingo (22). Porém, a prioridade absoluta é “prender os atacantes”.
As redes sociais foram bloqueadas
O WhatsApp, Facebook, YouTube, Instagram, Viber, bem como outras redes sociais foram restringidas. Por outras palavras, foram bloqueadas no Sri Lanka até disposição contrária. Nesse sentido, temos já a confirmação por várias entidades dedicadas que estas redes sociais estão efetivamente bloqueadas.
Confirmed: Facebook, WhatsApp, Instagram, YouTube, Viber, Snapchat and Messenger blocked in #SriLanka following series of deadly church and hotel attacks; incident ongoing #EasterSundayAttacksLK #KeepItOn ⬇️https://t.co/xp4hSxvFOi pic.twitter.com/dcQ6COsWKB
— NetBlocks.org (@netblocks) April 21, 2019
Ainda de acordo com o relato da NetBlocks, este tipo de bloqueio acaba por ser contraproducente. Em boa verdade, acabará por acelerar a propagação de desinformação durante as crises, uma vez que as fontes de informação autêntica estão offline. Dessa forma, a lacuna gerada por ser explorada por terceiros.
Sem WhatsApp, Facebook, YouTube, Instagram, Viber…
Ao mesmo tempo, foi imposto um recolher obrigatório no Sri Lanka. Medidas extremas com o intuito de apurar responsabilidades, identificar os perpetradores e trazê-los à justiça. Nesse sentido, fonte próxima do governo do país fez saber ao The New York Times que a decisão foi unilateral.
Segundo consta, o governo temia que estes ataques causassem mais ondas de desinformação, propagação do ódio e violência. Por fim, não sabemos quando é que este bloqueio às redes sociais será finalmente levantado no Sri Lanka.
Note-se ainda que esta já não é a primeira instância em que o Facebook foi suspenso neste país, tendo no ano passado sofrido esta sanção. Em causa, na altura, estava a circulação de desinformação na rede social Facebook que, em última instância, terá causado uma onda de perturbações sociais e violência no Sri Lanka.
As redes sociais voltam a estar assim em cheque. É a mais recente instância em que o Facebook, Messenger, WhatsApp, Instagram, YouTube, Viber e outras são associadas à propagação de todo o tipo de desinformação e voltando a sua regulação a ser um dos temas do dia.
Um ataque coordenado, bem organizado e claramente orientado para causar o máximo de terror possível à população cristã do país.