Pplware

Vídeos de como abortar com recurso a ervas crescem nas redes sociais

O mundo, cada vez mais moderno em termos tecnológicos, está a ficar atrasado no que respeita ao pensamento e evolução dos direitos humanos. Por exemplo, os Estados Unidos da América recuaram 50 anos naquilo que era um direito das mulheres, da sua proteção, dignidade, podendo mesmo colocar em causa as suas vidas, dando a possibilidade aos estados de determinar novamente a legalidade ou não da interrupção voluntária da gravidez.

Esta decisão irá levar a um aumento dos abortos em espaços ilegais, sem condições e sem especialização… mas na era das redes sociais, há um perigo ainda maior. Inúmeros vídeos com receitas à base de ervas medicinais estão a viralizar nas redes sociais.


A decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de anular a decisão tomada em 1973 que legalizava a interrupção voluntária da gravidez continua a gerar manifestações, principalmente no país liderado por Joe Biden, mas um pouco por todo o mundo. Parece mesmo uma brincadeira de mau gosto que possa haver um retrocesso de 50 anos numa lei que protegia a mulher num país como os Estados Unidos.

Em Portugal, os dados são claros, e desde que a lei relativa à interrupção voluntária da gravidez entrou em vigor, o número de abortos tem vindo a diminuir substancialmente. Mas mais que isso. As mulheres e famílias são dignamente acompanhadas por especialistas sem terem que recorrer a clínicas de aborto ilegais ou a sítios ainda mais duvidosos que não oferecem quaisquer condições de higiene nem cuidados de saúde.

Vídeos de como abortar com recurso a ervas crescem nas redes sociais

As “mezinhas” sempre foram consideradas no mundo e relacionado ao aborto em concreto também existirão muitas receitas. Com a decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos começaram a proliferar pelas redes sociais. No TikTok vários vídeos com receitas à base de artemísia e poejo que prometem ser eficazes no aborto chegaram mesmo a viralizar na rede.

Este tipo de receitas poderá não ser nem eficaz para interromper uma gravidez como poderão provocar lesões graves no corpo da mulher e no seu sistema reprodutor e digestivo.

O YouTube já veio afirmar que irá começar a remover vídeos com “instruções para métodos inseguros de aborto” ou conteúdo que “promova falsas alegações sobre a segurança do aborto”.

Irá também adicionar um painel de informações a vídeos relacionados, que oferecerão informações de saúde sobre aborto da Biblioteca Nacional de Medicina, semelhante ao que é feito para vacinas e alguns outros tópicos.

Exit mobile version