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Companhia aérea Delta pode deixar a Microsoft para adotar a Apple?

Desde a recente falha informática global que a CrowdStrike não tem tido descanso, acumulando críticas. Com um prejuízo de 500 milhões de dólares, a Delta Air Lines questiona: “Quando foi a última vez que ouviu falar de uma grande falha na Apple”?


Conforme vimos aqui, a CrowdStrike está a ser processada por alguns dos seus acionistas, que alegam ter sido enganados relativamente à robustez da sua tecnologia. Afinal, uma falha na atualização do software da empresa de cibersegurança resultou em mais de oito milhões de computadores congelados, por várias horas, interrompendo a atividade de empresas e congestionando serviços.

Segundo mencionámos, a Delta Air Lines disse estar a considerar a possibilidade de intentar uma ação judicial contra a CrowdStrike, considerando o impacto que a interrupção teve nas suas contas. Anteriormente, a CNBC também informou que a Delta Air Lines tinha contratado um advogado para o pedido de indemnização.

Numa entrevista ao mesmo órgão de comunicação, Ed Bastian, diretor-executivo da companhia aérea Delta Air Lines, afirmou que, além dos 500 milhões de dólares de prejuízo, em cinco dias, a empresa foi forçada a cancelar mais de cinco mil voos, com os ecrãs dos aeroportos pintados de azul, a mostrarem a ocorrência de um erro, dias após a falha.

Mais do que tudo isto, Bastian revelou que “tivemos de tocar fisicamente e reiniciar” mais de 40.000 servidores, bem como efetuar pagamentos de indemnizações aos viajantes lesados.

Questionado pela CNBC sobre a relação com a Microsoft, o diretor-executivo da companhia aérea disse que considera que ela é “provavelmente a plataforma mais frágil”.

Quando foi a última vez que ouviu falar de uma grande falha na Apple?

Questionou Bastian, acrescentando que as empresas “estão a construir o futuro, mas têm de se certificar de que fortalecem o presente”.

 

Pode a Apple ser uma alternativa para as empresas como a Delta?

Tal como descrito por Tom Warren, no The Verge, nos últimos anos, a Apple tem restringido o acesso de programadores terceiros ao kernel do macOS.

Ao The Wall Street Journal, contudo, um porta-voz da Microsoft explicou que a empresa “não pode legalmente isolar o seu sistema operativo da mesma forma que a Apple faz, devido a um acordo que fechou com a Comissão Europeia na sequência de uma queixa”.

Por sua vez, ao mesmo órgão de comunicação, a Comissão Europeia disse que “a Microsoft é livre para decidir sobre o seu modelo de negócios e adaptar a sua infraestrutura de segurança para responder a ameaças, desde que isso seja feito de acordo com a lei de concorrência da União Europeia”.

O diretor-executivo da Delta Air Lines criticou, ainda, a abordagem da CrowdStrike: “Se alguém vai ter acesso prioritário ao ecossistema da Delta… tem de testar as coisas. Não se pode chegar a uma missão crítica, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e dizer-nos: ‘Temos um erro’. Isso não funciona”.

Embora tenha distribuído cartões-presente pelos clientes lesados, a Delta Air Lines parece não ter sido uma das contempladas. Afinal, a CrowdStrike e a Microsoft parecem ter-lhe oferecido apenas consultoria gratuita.

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