A Internet das Coisas, também conhecida pelo acrónimo IoT, compreende todos os aparelhos e objetos que se encontram habilitados a estarem permanentemente ligados à Internet, sendo capazes de se identificar na rede e de comunicar entre si.
2 em cada 5 indivíduos utilizaram equipamentos IoT para uso pessoal ou doméstico
Segundo dados da ANACOM, a utilização da IoT tem vindo a aumentar nos últimos anos. Em 2022, no conjunto dos utilizadores individuais de Internet 38% dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, mais 8 pontos percentuais (p.p.) do que em 2020, e 22% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet, mais 3 p.p. do que em 2020.
Portugal ficou acima da média da União Europeia (UE27) na utilização de equipamentos IoT para uso pessoal e abaixo da média da UE27 na utilização de equipamentos IoT para uso doméstico.
Entre os equipamentos de uso pessoal analisados, destacaram-se os relógios inteligentes, pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos de localização por GPS, roupas, sapatos ou acessórios (33% dos utilizadores de Internet, +9 p.p. que em 2020), os automóveis equipados pelo fabricante com ligação à Internet sem fios (10%), e os equipamentos conectados com a Internet para cuidados médicos e de saúde (10%).
Entre os equipamentos domésticos analisados, destacam-se os eletrodomésticos, que passaram a ser os mais utilizados (10% dos utilizadores de Internet) e os que mais aumentaram desde 2020 (+5 p.p.). Seguiram-se os assistentes virtuais (9%), os equipamentos que permitem gerir a energia da casa (8%), e as soluções de segurança (7%).
Entre os utilizadores de equipamentos conectados à Internet, 21% referiu ter identificado algum problema na sua utilização, destacando-se as «dificuldades na utilização do equipamento» (13%) e os «problemas de segurança informática ou privacidade» (9%).
A não utilização de equipamentos ou sistemas conectados à Internet resultou sobretudo da «ausência de necessidade de utilização» (67%), de «custos elevados» (39%) e de «preocupações com a segurança informática» (31%).
No que diz respeito ao setor empresarial, as empresas tendem a utilizar equipamentos IoT sobretudo para “segurança das instalações” (86%), “gestão do consumo de energia” (32%), “gestão logística” (21%), “processos de produção” (19%), “monitorização das necessidades de manutenção” (18%) e “serviço ao cliente” (13%).