O leilão da rede 5G já terminou! Depois de 200 dias, a fase de licitação principal chegou finalmente ao fim. O montante total atingido ascende a 566,802 milhões de euros e os 58 lotes em disputa foram atribuídos a seis operadores: Nos, Meo, Vodafone, Nowo, Dense Air e Dixarobil.
Parte das receitas do leilão da rede 5G vão ser aplicados… em estradas!
143 milhões da receita do leilão do 5G vão financiar estradas. A notícia é do DN, que revela que serão financiados cinco projetos rodoviários. Verba será compensada com fundos do Portugal 2030.
De acordo com a resolução de Conselho de Ministros de n.º 46-A/2021, que remonta a maio deste ano, o governo autorizou a Infraestruturas de Portugal (IP) a utilizar até 143 milhões de euros da verba total gerada pelo leilão do 5G, que a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) terá de depositar nos cofres do Estado.
Os projetos rodoviários financiados pelos 5G são os seguinte…
Os projetos rodoviários que serão financiados pelo 5G são: “IC35 – Sever do Vouga/IP5 (A25); ligação ao IP3 dos concelhos a sul [V.N. de Poiares, Penacova, Lousã, Miranda do Corvo e Góis]; IC31 – Castelo Branco/Monfortinho; EN341 – Alfarelos (EN342)/Taveiro (acesso ao terminal ferroviário de Alfarelos); IC6 – Tábua/Folhadosa.”
Com um investimento global de 165.091.000 euros, a NOS adquiriu todo o espectro possível para a exploração da nova tecnologia 5G: 100MHz na faixa dos 3,6 GHz e 2x10MHz na faixa 700 MHz, adquirindo também 2x5MHz na faixa dos 2100 MHz e 2x2MHz na faixa dos 900 MHz”. A Vodafone investiu 133,2 milhões de euros em dois lotes nos 700 MHz e nove na banda dos 3,6 GHz. Já a MEO (Altice) garantiu um lote na faixa dos 700 MHz, dois lotes nos 900 MHz, um lote nos 2,1 GHz e nove lotes nos 3,6 GHz, com 125 milhões de euros. E a Nowo aplicou 70,2 milhões de euros em dois lotes nos 1800 MHz e em lotes nas faixas dos 2,1 GHz e dos 3,6 GHz.
A Dixarobil pagou 67 milhões de euros por um lote nos 900 MHz, outro nos 1800 MHz, dois nos 2,6 Ghz e quatro na banda dos 3,6 Ghz. Já a Dense Air gastou apenas 5,765 milhões de euros na aquisição de mais quatro lotes nos 3,6 Ghz – esta empresa já detinha uma licença nos 3,6 Ghz, refere o DN.
O 5G permitirá velocidades 10x mais rápidas que o 4G usando a mesma quantidade de dados. Tal como se tem dito, o 5G não será uma Internet para o utilizador final… mas também. O 5G permitir dar resposta a serviços críticos de emergência, de elevada resiliência, tais como aplicações industriais (Indústria 4.0), viaturas autónomas, cirurgias à distância ou serviços de emergência.
A quinta geração de comunicações móveis vai potenciar uma série de serviços inovadores. Realidade virtual e aumentada, carros conduzidos remotamente ou autónomos, cirurgias à distância, são alguns dos exemplos que poderão ter na base uma rede de comunicações assente no 5G. Como referido, a latência baixará para os 5ms, podendo abrir portas a um novo mundo de possibilidades e cenários.