O conselho de segurança cibernética de Portugal, CSSC, emitiu uma resolução que pode proibir formalmente as operadoras de telecomunicações de usar equipamentos chinês nas suas redes móveis 5G de alta velocidade, bem como em plataformas 4G nas quais a nova tecnologia se baseia.
5G: empresas sediadas fora da UE, dos EUA e de outros países da OCDE deverão ser excluídas
Refere a Reuters, que o Conselho Superior de Segurança decidiu que as empresas sediadas fora da UE, dos EUA e de outros países da OCDE deverão ser excluídas.
O CSSC é um órgão consultivo do primeiro-ministro e o documento, datado de 23 de maio, é mais um golpe nos esforços da gigante tecnológica chinesa Huawei para entrar no mercado 5G em Portugal, refere o canal de informação.
As principais operadoras do país, Altice, NOS e Vodafone já disseram que não usarão equipamentos da Huawei em redes core 5G, no sentido de não comprometer a segurança. De relembrar que em 2020, os Estados Unidos “ameaçaram” Portugal, se a Huawei entrasse na rede 5G.
A Huawei já veio referir em comunicado que “não teve conhecimento prévio e não foi consultada sobre este assunto” e que ainda está a recolher informação “sobre a natureza da avaliação” e espera continuar a servir os clientes portugueses.
O 5G representa a mais recente geração das redes móveis, melhorando a capacidade das mesmas em oferecer novos serviços. Ao contrário das tecnologias anteriores, muito centradas nos serviços ao consumidor, o 5G foi desenvolvido de forma a facilitar o desenvolvimento de serviços a empresas e à sociedade em geral.
Embora o 5G almeje velocidades de comunicação de dados na ordem dos 10 Gbps, em 2021 as velocidades médias efetivas estão a ser medidas no utilizador final com valores entre 400 a 600 Mbps. Estas velocidades significam que o 5G pode ser já um concorrente aos serviços de banda larga doméstica, oferecendo uma versão bastante melhorada dos Acessos Fixos Sem-fios disponíveis com o 4G – saiba mais aqui.