O cibercrime está a crescer em Portugal! O Relatório de Anual de Segurança Interna (RASI) foi recentemente divulgado, revelando um aumento da criminalidade participada de 0,9% em 2021 face ao ano anterior e uma diminuição de 6,9% da criminalidade violenta e grave.
Além disso, o relatório revela também que o cibercrime aumentou, apesar de os crimes informáticos terem baixado.
Cibercrime: Cresceram as ameaças internacionais
Segundo o RASI, os crimes informáticos participados às autoridades diminuíram de 1.672 para 1.496 entre 2020 e 2021 (menos 10,5%), mas aumentou o número de arguidos e de detidos por este tipo de criminalidade.
O RASI avança ainda que foram constituídos 743 arguidos (mais 86,7%), detidas 88 pessoas (mais 266,7%) e 11 ficaram em prisão preventiva (mais 57,1%). O phishing bancário e as burlas online em investimentos em moeda virtual ou através da transação de bens ou serviços “continuam a predominar”.
Já relativamente ao cibercrime, este segmento aumentou em 2021, destacando-se a cibercriminalidade internacional “altamente organizada” contra alvos digitais portugueses que registaram “um efetivo agravamento”.
O RASI dá conta que em 2021 se observou “a continuidade de vários focos de operações cibernéticas ofensivas contra alvos nacionais, com origem num leque alargado de agentes de ameaça”.
Em relação à ciberespionagem contra alvos portugueses, o relatório indica que se registou uma “continuidade na ocorrência de ciberataques que visaram comprometer alvos públicos e privados, bem como entidades com relevância estratégica, a fim de exfiltrar informação classificada sensível ou privilegiada”.
O documento alerta ainda para o fenómeno da desinformação digital, nomeadamente o das plataformas de redes sociais, que em 2021 continuou a acolher “de forma global” dinâmicas de desinformação e de dissidência política e social, dinamizadas por uma crescente miríade de autores domésticos e externos”.
O relatório pode ser descarregado aqui. Além da baixa de crimes informáticos, destaque para a manutenção em níveis historicamente baixos da criminalidade participada, incluindo a criminalidade violenta e grave.