A questão é pertinente e a resposta é, aparentemente, óbvia. Um estudo da Marktest encomendado pela Apritel, revela que a maioria dos consumidores “não está disponível a pagar mais” para ter serviços sem fidelização.
Mas há mais conclusões interessantes deste estudo.
Fidelização? Maioria dos portugueses tem contrato de 24 meses
O estudo foi desenvolvido pela Marktest entre 01 e 29 de março deste ano e contou com uma amostra de 2.015 entrevistas. De acordo com os resultados, apenas 24% dos inquiridos diz estar disposto a pagar um valor extra (preço de instalação/ativação e/ou acréscimo à mensalidade) para eliminar o período de fidelização associado ao pacote de serviços” e essa percentagem “reduz-se para 17% quando a questão se refere a reduzir o período de fidelização”.
Quando questionados sobre se estariam disponíveis para renovar/prolongar o período de fidelização se lhe forem oferecidas melhores condições de serviço e/ou descontos, “dois em cada três inquiridos respondem que sim”.
Grande parte (80%) dos inquiridos “consideram, ainda, que o pacote de comunicações que atualmente têm corresponde ao que procuravam”. De acordo com o estudo, 94% dos inquiridos tem um contrato de telecomunicações com um período de fidelização associado.
O secretário-geral da Apritel, Pedro Mota Soares, refere que…
Os consumidores não encaram as fidelizações como um entrave à mudança, nem estas constituem um fator de desconforto nem um desvirtuar da concorrência no mercado [e] fica patente que as pessoas sabem qual é o seu período de fidelização e procuram, acima de tudo, ter a melhor solução para as suas necessidades de comunicações eletrónicas, com o pacote de serviços a ser a solução com maior valor acrescentado
A esmagadora maioria dos clientes, cerca de 85%, detém um contrato de 24 meses. Mais de metade (58%) já mudou de prestador de serviços pelo menos uma vez (um terço nos últimos cinco anos).
No que respeita aos clientes que mudaram de prestador, o fator preço foi a razão principal da mudança, aliada a uma oferta atrativa.