A Internet é nos dias de hoje um bem essencial e que quase ninguém consegue dispensar. Para além de todo o entretenimento que disponibiliza, é também uma fonte de informação importante e única.
Um estudo recente veio mostrar que mesmo com este seu carácter de bem único, mais de metade da população do planeta vive desligado da rede e sem acesso à Internet.
O estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) veio mostrar que com todos os avanços tecnológicos que existe e com todas as tecnologias que permitem o acesso em qualquer lugar do planta, mais de 3,9 mil milhões de pessoas vivem em locais onde ela não está disponível e que por isso não têm acesso.
Os números de acesso à Internet
A maior parte destas pessoas, cerca de 2,5 mil milhões, vivem em países que estão em desenvolvimento, o que para já representa um factor de bloqueio. A diferença é grande entre os países desenvolvidos e os que estão ainda a preparar-se para as novas tecnologias. A taxa de acesso à Internet nos primeiros ronda os 80%, ao passo que nos segundo este valor ronda os 40%. Este último valor mostra que houve um decréscimo de 15%.
Os preços do acesso à Internet
Este estudo do UI mostrou que existiu uma queda significativa dos preços praticados para o acesso à Internet desde 2013. A meta estabelecida para 2015, de acesso mais justo e a preços reduzidos, foi cumprida, mas ainda assim estes valores são elevados. Face aos países desenvolvidos, em que os preços de acesso à Internet diminuíram e as velocidades aumentaram, os preços praticados nos países em desenvolvimento atingem valores que são o dobro dos praticados.
A banda larga e o acesso a velocidades mais elevadas
Também a banda larga está em expansão e o estudo da UIT vem mostrar que esta deverá atingir um em cada doze habitantes do planeta até ao fim de 2016. Nos países em desenvolvimento este valor será de 30,1%, o triplo do valor esperado para os países em desenvolvimento.
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A Internet Móvel e o difícil acesso a ela
No campo da Internet Móvel, 95% da população mundial vivem em zonas cobertas e 84% tem acesso a esta. A rede LTE, de velocidades bem mais elevadas, está já acessível a 4 mil milhões de pessoas, o que corresponde a 53% da população mundial.
As diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento são cada vez maiores, o que mostra que a ideia do acesso à Internet ser um direito básico é ainda uma utopia.