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Há um novo malware que só ataca quem descarrega e usa software pirateado

Todos conhecem os propósitos do malware e a sua forma mais básica de funcionamento. Procuram cifrar e bloquear ficheiros do utilizador, para depois exigir um resgate para que os mesmos possam ser acedidos de forma normal. Há ainda, claro, o roubo de dados do utilizador.

Com esta ideia, surgiu agora um malware completamente diferente do que é habitual. Em vez de bloquear os utilizadores, bloqueia o acesso a sites de pirataria de software, de forma básica, mas ainda assim muito efetiva. É o Vigilante e quer trazer alguma ordem num caos aparente.


O Vigilante, nome dado pela equipa de segurança da Sophos que o descobriu, é algo completamente diferente do habitual no que toca ao malware. Em vez de se dedicar a cifrar e bloquear os ficheiros dos utilizadores, quer impedi-los de aceder a sites de software pirateado.

Do que se sabe, aporta de entrada para este novo ataque parece ser muito software que é obtido de forma ilegal. Presente nestas aplicações durante a instalação, corre sobre um executável que executa vários procedimentos, sendo o primeiro o seu registo no site 1flchier[.]com.

De seguida, e aqui começa a surgir a parte mais interessante do seu processo, limita o acesso do utilizador. Altera o ficheiro HOSTS e coloca dentro deste o registo de centenas de sites conhecidos para a partilha de ficheiros e de software.

A forma de ser eliminado é ela muito simples para qualquer utilizador mais experiente. Bastará abrir o ficheiro HOSTS e remover todas as entradas que estão presentes. De imediato o acesso é reestabelecido e os sites ficam acessíveis.

O próprio Vigilante está criado para não ser persistente. Isso significa que não fica residente no PC da vítima e não volta a alterar o ficheiro de HOSTS. Apenas caso seja novamente executado é que irá voltar a alterar este componente.

Não é clara a origem do malware, mas é clara a sua intenção. Quer impedir as suas vítimas de acederem a sites onde é partilhado software pirata. Curiosamente, este não é a primeira vez que surge malware com esta função, que, na verdade, nunca é bem entendido.

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