Fidelização ou não dos clientes! A questão é antiga tendo havido mudanças em 2016. Nessa altura foi definido que apesar de se manter o teto máximo nos 24 meses, as operadoras passavam a estar obrigadas a disponibilizar ofertas de seis e 12 meses e até sem fidelização.
A limitação estrutural dos mecanismos de fidelização em Portugal poderia levar a uma redução do investimento anual das operadoras em cerca de 150 milhões de euros.
O estudo é da consultora BCG que revela que a limitação da fidelização pode reduzir investimento das operadoras em 150ME. José Ferreira da BCG, um dos autores do estudo “O valor da fidelização para o consumidor e o mercado de telecomunicações em Portugal”, referiu à Lusa que…
Se houvesse uma alteração, uma limitação estrutural dos mecanismos de fidelização, estimamos que o investimento anual por parte das operadoras iria reduzir em cerca de 150 milhões de euros
De acordo com o estudo, a alteração dos termos da fidelização “teria fortes impactos no setor em Portugal, com “diminuição do investimento em cobertura” do país.
Segundo o estudo…
Seria expectável uma convergência para o nível de investimento sobre receitas dos países tipicamente menos fidelizados (~18% das receitas geradas), resultando numa diminuição significativa no investimento em cobertura e capacidade do país, estimada em -15% (-150 milhões de euros) face aos valores atuais (atualmente em 22% das receitas geradas), em redes de nova geração, em inovação tecnológica e em entrega de produtos e equipamentos aos consumidores e empresas nacionais
“24 meses [período máximo da fidelização] não chega para pagar um cliente, não chega para pagar o investimento naquele equipamento”, referiu o responsável.
Caso terminassem as fidelizações, José Ferreira é perentório ao afirmar que os preços das comunicações eletrónicas iriam aumentar e haver menos investimento e serviços.