Os líderes globais empresariais reuniram-se, em Riade, na Arábia Saudita, para debater sobre o cibercrime e encontrar estratégias para atuar contra ele, naquele que foi o 3.º Fórum Mundial sobre Cibersegurança.
De acordo com o Fórum Económico Mundial, 86% dos líderes empresariais acreditam na ocorrência de um evento cibernético catastrófico, nos próximos dois anos. A corroborar esse medo, um relatório da Interpol classifica o cibercrime como uma das cinco principais ameaças globais.
Só até ao final deste ano, a Cybersecurity Ventures estima que o cibercrime deverá custar às vítimas cerca de 7,6 mil milhões de euros.
Por ser uma ameaça global, os líderes mundiais e as empresas juntaram-se para a debater, no 3.º Fórum Mundial sobre Cibersegurança.
O tema “Traçar prioridades partilhadas no ciberespaço” foi o mote para um debate entre os líderes globais empresariais, em Riade. O evento reuniu executivos e empresas, e motivou o diálogo, tendo em vista a procura de soluções para combater o cibercrime.
Temos um inimigo comum, e o inimigo é a informação falsa. Está a ser atacada. Está a ser roubada no ciberespaço. E isto é algo que temos de cuidar e valorizar para toda a humanidade.
Disse Margarete Schramböck, antiga ministra dos assuntos digitais e económicos da Áustria, à Euronews.
Por sua vez, José Manuel Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro de Portugal, lamentou a falta de coesão e cooperação internacional no combate ao cibercrime.
Quando era Presidente da Comissão, participei na cimeira do G20 de 2008 a 2014. Apesar de todas as diferenças existentes nessa altura, existia uma boa cooperação entre os Estados Unidos, a China e a União Europeia. Não diria que é esse o caso atualmente. Vimos o nível de cooperação, a sinceridade na cooperação global a diminuir muito claramente.
Conforme alertado por Iain Drennan, CEO da WeProtect Global Alliance, uma organização que luta contra a exploração e o abuso sexual de crianças na Internet, algumas das ameaças cibernéticas mais graves são contra crianças. Aliás, “é algo que tem aumentado dramaticamente nos últimos dois anos”.