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China quer calar jornalismo de investigação. Há mais uma baixa importante

Desde a entrada em funções do Presidente Xi Jinping, a China tem visto o controlo dos seus meios de comunicação social aumentar. Um novo relatório revela que a Caixin foi eliminada da lista de agências e organizações noticiosas do país.

A China publicou, recentemente, a lista atualizada dos fornecedores de notícias que estão autorizados a ser republicados pelas plataformas do país.


De acordo com um relatório da Bloomberg, a Caixin, a principal revista financeira da China, foi eliminada da lista das organizações noticiosas cujos conteúdos podem ser republicados online por outras plataformas. Esta saída fez-se notar aquando da partilha, pela China, da lista atualizada, que surge após o país reprimir vários setores, de entre eles os meios de comunicação social.

Ao contrário da maioria das organizações noticiosas do país, que são geridas pelo Estado, a Caixin é financiada por privados. Da mesma forma, também o independente The Economic Observer foi retirado da lista.

Desde que o Presidente Xi Jinping entrou em funções, a China tem conhecido um estreito rigor no controlo dos meios de comunicação social e da liberdade de expressão, no geral. Antes disso, já os estrangeiros British Broadcasting Corp. e The New York Times haviam sido proibidos pela China de disponibilizar notícias e conteúdos impressos.

Agências noticiosas eliminadas têm “mau desempenho diário”

Agora, a Cyberspace Administration of China decidiu eliminar a Caixin da lista de agências e organizações de notícias autorizadas. Isto significa que, a partir de agora, as plataformas online não poderão republicar os seus conteúdos, disponibilizando-os em sites agregadores de notícias, por exemplo. Por sua vez, os utilizadores terão de aceder ao site ou aplicação oficial para ter acesso.

De acordo com a Cyberspace Administration of China, as agências ou organizações noticiosas foram eliminadas da lista, porque “já não cumprem os requisitos, têm um mau desempenho diário e não têm influência”. Nesse sentido, o objetivo passa por manter a “seriedade e credibilidade” da lista.

Segundo o Associated Press, a Caixin é muito conhecida na China por ser um dos meios de comunicação social mais corajosos do país, na medida em que pressiona os limites impostos pelo governo. Afinal, é um grupo conhecido pelo jornalismo de investigação, altamente direcionado para a corrupção e outras questões politicamente sensíveis.

 

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