Depois de um período em que não se falava de outra coisa, a app STAYAWAY COVID tem vindo a ser esquecida. O número de downloads revela que ainda não chegamos sequer a metade dos possíveis, mas há outros “problemas” por resolver.
De acordo com os números mais recentes, apenas 2430 códigos introduzidos na app STAYAWAY COVID.
Em tempos de pandemia é preciso usar tudo o que temos ao nosso alcance para minimizar o problema. A app portuguesa STAYAWAY COVID, cuja instalação é voluntária, permite identificar, de forma rápida e anónima e através da proximidade física, as redes de contágio por COVID-19.
Depois informa os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A app foi lançada em agosto de 2020.
App STAYAWAY COVID descarregada 2,8 milhões de vezes, mas…
Segundo o Público, a app já foi descarregada 2,8 milhões de vezes (um número elevado, mas longe das ambições de António Costa). Só que há apenas cerca de 1,25 milhões de aplicações activas — equivalente a 44% do total das aplicações descarregadas. De relembrar também que, em Portugal, o número de smartphones com capacidade para receber a app ronda os 6,5 milhões.
A par do “baixo” número de downloads, em quatro meses, foram gerados apenas 9585 códigos para introduzir na aplicação e apenas 2430 foram utilizados (25%).
A aplicação continua a ser instalada, o que mostra que os portugueses percebem a importância da app e não têm medo de aderir. E os fabricantes de telemóveis estão a actualizar os seus sistemas para que a app funcione em telemóveis mais antigos… Onde as coisas não estão a funcionar bem é com os códigos.
Os médicos geram poucos códigos e entregam ainda menos. Continuam a chegar-me muitas queixas de pessoas que não conseguem os códigos. Ou de pessoas que recebem os códigos semanas mais tarde quando já não têm sintomas e já não vão a tempo de avisar ninguém
Presidente do Inesc Tec, José Manuel Mendonça
Os números (até 22 de dezembro) foram avançados ao PÚBLICO pela equipa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc Tec), que coordena a aplicação. O que mais preocupa é a falta de códigos. A proposta do Inesc Tec para enviar os códigos diretamente para a aplicação STAYAWAY COVID ainda está em análise pela equipa dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
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