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Amazon alvo de greves e protestos por toda a Europa durante a Black Friday

A Amazon é um dos nomes mais populares quando o assunto é o comércio eletrónico. Mas numa altura de grande movimento de vendas, como é o caso da atual Black Friday, a empresa encontra-se a atravessar uma fase difícil com várias greves e protestos por toda a Europa.


Protestos na Europa marcam a Black Friday da Amazon

As notícias avançadas pela Reuters mostram que os trabalhadores da Amazon iniciaram uma greve em vários locais da Europa nesta sexta-feira (24). Os protestos dos trabalhadores estão relacionados contra as práticas de trabalho da gigante de e-commerce norte-americana, sobretudo num dos dias mais movimentados do ano, como é a Black Friday.

A campanha de protesto está a ser coordenada pela entidade UNI Global Union e designa-se “Make Amazon Pay”. A organização referiu que as greves e os protestos iam acontecer em mais de 30 países desde a Black Friday até à próxima segunda-feira (27).

via Reuters

Não é novidade para ninguém que cada vez mais a Black Friday se tem virado para as plataformas online, uma realidade especialmente impulsionada pela Amazon, que este ano havia anunciado aos trabalhadores descontos de férias entre os dias 17 a 27 de novembro.

Na Alemanha, por exemplo, que foi o segundo maior mercado da Amazon em vendas no ano de 2022, o sindicado Verdi estimou que cerca de 2.000 trabalhadores iniciaram greve em seis centros de distribuição da empresa no país. É referido que 500 trabalhadores entraram em greve num armazém em Rheinberg, o que representou 40% da força de trabalho, e 250 trabalhadores fizeram greve num aumazém em Leipzig, afetando 20% da força de trabalho neste local.

Um porta-voz da Amazon alemã disse que os protestos envolveram uma pequena parte dos trabalhadores e que estes recebem um salário justo, sendo que começam com cerca de 14 euros por hora. O porta-voz ainda garantiu a entrega das encomendas feitas nesta Black Friday.

via Reuters

Já na Inglaterra, mais de 200 funcionários fizeram greve nesta sexta-feita nos armazéns de Coventry. O trabalhador do local Nick Henderson, disse estar em greve por salários mais altos e melhores condições de trabalho. Estes trabalhadores pretendem um salário de 15 libras, pouco mais de 17 euros, por hora.

Em Itália, o sindicato CGIL disse que mais de 60% dos trabalhadores do armazém da Amazon em Castel San Giovanni estavam em greve. Já a Amazon afirmou que, no local, mais de 86% dos seus trabalhadores foram trabalhar, não tendo havido impacto nas operações.

Na vizinha Espanha, o sindicato CCOO convocou os trabalhadores dos armazéns e entregas da Amazon a fazerem uma greve de uma hora em cada turno na “Cyber ​​Monday”, que acontece na próxima semana.

Em França foram colocados vários cartazes de protesto nos cacifos de entregas da Amazon, como descreve a organização antiglobalização Attac, autora dos planos do protesto que designa a Black Friday como uma “celebração da superprodução e do consumo excessivo“. Segundo a Attac, 40 desses cacifos foram afetados em todo o país. Por sua vez, a empresa de comércio eletrónico disse que todos os seus cacifos na França permanecem acessíveis.

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