Chegou a “segunda-feira” e a informação que serviços como a Netflix e Youtube podiam ser bloqueados continua. Na verdade, o que diz neste novo Decreto-lei é o que já dizia no de março de 2020.
O novo despacho entrou em vigor “às 00h do dia 15 de fevereiro”, mas o problema por agora parece ser outro. Os alunos estão a esgotar o limite de internet (com Netflix, Youtube e outras plataformas) e esta acaba por ficar mais lenta o que dificulta o acesso às aulas.
Internet mais lenta quando é atingido o limite de tráfego…
Segundo a operadora NOS, referenciada pelo ECO, não está prevista “qualquer limitação do tipo de tráfego” nos hotspots com internet grátis que estão a ser emprestados pelo Governo aos alunos da Ação Social Escolar.
No entanto, muitos alunos usam o plafond para aceder a serviços como o Netflix, YouTube e outros levando a atingir o limite de dados. Tal situação não leva ao corte de acesso à internet, mas esta acaba por ficar mais lenta, o que poderá dificultar o acesso às aulas online.
De acordo com a NOS…
Os procedimentos definidos pelo Governo para contratação da conectividade móvel no âmbito do programa Escola Digital não preveem, à data de hoje, qualquer limitação do tipo de tráfego
Os beneficiários tanto podem usar o acesso que lhes é disponibilizado gratuitamente para fins educativos, como para fins lúdicos (ex. YouTube, Netflix)
A operadora Nos acrescenta que já está a detetar que o limite no volume com consequente redução da velocidade está a ser ultrapassado pelos alunos, dificultando o acesso às aulas e, potencialmente, degradando a qualidade do serviço à população em geral.
Dados recentes da Nos já apontam para uma alteração significativa no perfil de consumo destes utilizadores [alunos], tendo-se registado um aumento considerável de tráfego em aplicações que não as de âmbito educacional, em períodos fora do horário escolar
Numa entrevista ao secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo é confirmado que o Governo acordou com os operadores a “seleção do tipo de serviços que estão disponíveis” para “garantir que o consumo de dados só é elegível se for para contexto educativo”.
Leia também…