Conforme dito pelo próprio CEO da Nvidia, é muito complicado fazer previsões sobre a Inteligência Artificial (IA), nomeadamente a Inteligência Artificial Geral (em inglês, AGI). Porém, durante uma sessão de perguntas e respostas, o executivo apontou cenários curiosos.
De acordo com o criador de conteúdo Carlos Santana, o CEO da Nvidia afirmou que a AGI chegará “nos próximos cinco anos”. Embora tenha “palestrado” sobre o quão difícil é estimar uma data sem uma definição muito clara da tecnologia, Jensen Huang opinou com base no conceito de uma IA capaz de executar muitas das tarefas que os seres humanos realizam.
Estamos ahora en un Q&A de prensa privado con Jensen Huang. ¿Si le pudieras preguntar algo… Qué sería? pic.twitter.com/RpZ5kGXFZi
— Carlos Santana (@DotCSV) March 19, 2024
Estas declarações vão ao encontro de outras, partilhadas há uns dias durante a sua participação na Cimeira do Stanford Institute for Economic Policy Research. Aí, o CEO da Nvidia, que tem crescido verdadeiramente graças à IA, disse que a tecnologia poderá ultrapassar-nos até ao final da década.
Aliás, o CEO da empresa tecnológica não esconde a crença de que o futuro será definido pela IA.
Le han preguntado por si comparte la visión de Sam Altman del futuro de la IA generativa y ha dicho que ambos creen que en el futuro todo pixel que veamos en una pantalla y toda información que consumamos será generada por una IA generativa.
Ese es el futuro al que apuntan.
— Carlos Santana (@DotCSV) March 19, 2024
Quando questionado em relação à polémica de há uns dias, sobre não ser preciso “ensinar programação às crianças, porque a IA fará todo o trabalho «pesado» por elas”, o executivo terá esclarecido: “se quer aprender a programar, aprenda, porque estamos a contratar muitos programadores”.
Recorde a Inteligência Artificial Geral, ou AGI
Conforme explorámos aqui, AGI é a sigla de Artificial General Intelligence (em português, Inteligência Artificial Geral) e é, concetualmente, o clímax do desenvolvimento da IA.
Quer isto dizer que há quem considere que, em vez de termos à disposição uma tecnologia capaz de executar tarefas específicas, teremos em mãos um sistema capaz de realizar qualquer tarefa que lhe seja atribuída. Além disso, com tempo e poder computacional suficientes, fá-la-á de forma irrepreensível – e, quem sabe, até melhor do que se fosse concretizada por um ser humano.
Teoricamente, à semelhança dos seres humanos, uma AGI deveria ser capaz de completar quase qualquer tarefa intelectual. Atualmente, o debate prende-se em perceber qual a definição clara de AGI e quando atingiremos esse patamar, tecnologicamente.
Para o CEO da Nvidia, prever este cenário é complicado, pois baseia-se, também, na mente humana e os cientistas discordam quanto à forma como o seu funcionamento deve ser descrito.