Recorda-se do conceito de Inteligência Artificial Geral (AGI)? Se não gostou muito da ideia, na altura em que falámos sobre o assunto, saiba que a Meta, uma das maiores empresas tecnológicas do mundo, está a investir na criação de uma.
Conforme já tivemos oportunidade de ver, “a AGI é, concetualmente, o clímax do desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA)”.
Quer isto dizer que há quem considere que, em vez de termos à disposição uma tecnologia capaz de executar tarefas específicas, teremos em mãos um sistema capaz de realizar qualquer tarefa que lhe seja atribuída.
Além disso, com tempo e poder computacional suficientes, fá-la-á de forma irrepreensível – e, quem sabe, até melhor do que se fosse concretizada por um ser humano.
Artificial General Intelligence refere-se a um tipo teórico de Inteligência Artificial que possui capacidades cognitivas semelhantes às humanas, tais como a capacidade de aprender, raciocinar, resolver problemas, e comunicar em linguagem natural.
Segundo definiu o ChatGPT, a pedido de Gil Press (28 de março, 2023, Forbes).
Na quinta-feira, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que está a impulsionar esforços em matéria de IA e a investir em grandes centros de dados, de modo a vencer os seus rivais da indústria tecnológica na criação de sistemas informáticos de nível humano.
Zuckerberg quer uma AGI assinada pela Meta?
Através de uma publicação no Facebook citada pela CNBC, a cara da Meta revelou estar a aproximar dois dos esforços de investigação da Meta: um projeto chamado FAIR, que se tem concentrado na investigação básica, e um segundo chamado GenAI, que trabalha no desenvolvimento de produtos de IA para os consumidores.
A nossa visão a longo prazo é construir inteligência geral, abri-la de forma responsável e torná-la amplamente disponível para que todos possam beneficiar.
Embora o termo “inteligência geral” não tenha sido definido, os especialistas, inclusivamente os da Meta, têm recorrido ao termo AGI para descrever uma forma ainda teórica de IA que é pelo menos tão capaz como os humanos.
Além disso, Zuckerberg também disse que a Meta estava “a construir uma infraestrutura de computação maciça” para apoiar o “futuro roteiro”, incluindo uma reserva de 350.000 chips H100.
Estes chips têm sido fundamentais para os centros de dados que dão suporte aos sistemas de IA. Aliás, o The Verge relatou, em dezembro, que a Meta estava vinculada à Microsoft enquanto maior cliente da Nvidia para o H100.
Estamos habituados a guerras de talentos bastante intensas. Mas há aqui uma dinâmica diferente, com várias empresas a tentar obter o mesmo perfil, [e] muitos [capitalistas de risco] e pessoas a injetar dinheiro em diferentes projetos, o que facilita a criação de coisas diferentes externamente.
Disse Zuckerberg, numa entrevista publicada, ontem, pelo The Verge.
Conforme explicou, a concorrência para contratar os melhores especialistas em IA nunca foi tão feroz como agora, e importa à Meta investir em ferramentas para esses cientistas usarem.