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Coca-Cola enfrenta reação negativa por usar IA no seu anúncio de Natal de 2025

A Coca-Cola lançou o seu anúncio de Natal para 2025, mas a decisão de recorrer novamente à inteligência artificial (IA) para a sua produção gerou uma intensa vaga de críticas. A campanha, que pretendia evocar nostalgia, está a ser vista como um passo em falso por muitos consumidores e profissionais da indústria.


A controvérsia reacende-se com a nova campanha da Coca-Cola

Pelo segundo ano consecutivo, a Coca-Cola optou por utilizar IA na criação do seu icónico anúncio de Natal, e a receção não podia ter sido mais fria. No ano passado, a primeira incursão da empresa nesta tecnologia já tinha sido alvo de controvérsia. Este ano, a história repete-se.

A campanha de 2025 recupera a memorável melodia “Holidays Are Coming“, um clássico que habitualmente desperta sentimentos de calor e nostalgia. No entanto, para muitos espectadores, a magia da tradição foi quebrada pelo facto de a animação ser gerada por IA.

Os comentários nas redes sociais não se fizeram esperar. “Isto é vergonhoso. São uma empresa multibilionária. Paguem a animadores REAIS. É vergonhoso.” Outro classificou a iniciativa como “embaraçosa”, argumentando que os anúncios de Natal devem “ter coração, personalidade e despertar emoções”. Para este utilizador, a campanha não passou de “mais um fracasso publicitário da Coke”.

A resposta da Coca-Cola: “O génio saiu da garrafa”

Apesar das críticas, a Coca-Cola parece não considerar a sua aposta na IA um erro. Pratik Thakar, vice-presidente global e chefe de IA generativa da empresa, afirmou que no ano anterior “estabeleceram um marco global” ao lançar o “primeiro filme do mundo inteiramente criado com IA generativa para transmissão televisiva”.

Thakar descreveu a iniciativa como “um salto audacioso que abriu novos caminhos”. Aparentemente, a reação negativa do público não abalou a confiança da gigante de bebidas.

A campanha deste ano é mais uma prova do nosso percurso na utilização de tecnologias emergentes para repensar a forma como criamos e distribuímos conteúdo.

Acrescentou.

De acordo com a plataforma DiscussingFilm, a Coca-Cola admitiu ter recorrido a “ainda menos pessoas” para produzir o anúncio festivo, justificando a decisão com a necessidade de “continuar a avançar e a forçar os limites”. A empresa concluiu de forma taxativa: “O génio saiu da garrafa e não há como o colocar de volta”.

A declaração da empresa sobre a redução da equipa humana adicionou ainda mais combustível à polémica. Um internauta considerou “inacreditável” que a Coca-Cola se estivesse a “gabar” de deixar “mais pessoas sem trabalho”. Outro sugeriu que a campanha não passava de “uma provocação para gerar interação e controvérsia”.

 

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