O ChatGPT não desperta apenas a curiosidade dos entusiastas tecnológicos e não tem só vantagens associadas. Conforme alerta a Europol, a Inteligência Artificial (IA) poderá facilitar a criminalidade e, consequentemente, contribuir para o seu aumento.
O ChatGPT está ao rubro e, apesar de lhe serem reconhecidas potencialidades e vantagens, o reverso (menos positivo) dessa moeda também está a ser alvo de escrutínio. Afinal, a explosão motivada pelos curiosos e a consequente popularidade do chatbot têm deixado as forças policiais em alerta. Nomeadamente, a Europol – a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial.
A agência europeia lançou um novo relatório – ChatGPT: The Impact of Extensive Language Models on Law Enforcement -, onde aborda o potencial negativo do chatbot e adverte para a utilização indevida da IA pelos criminosos.
De acordo com a Europol, modelos linguísticos extensivos, como é o ChatGPT, embora ofereçam benefícios aos utilizadores e às empresas, também representam um risco de segurança. Afinal, apesar de a IA ter sido aplicada numa série de campos e ter sido direcionada para um amplo leque de fins interessantes, do ponto de vista tecnológico, a verdade é que já recebeu milhões de pessoas; algumas delas com intenções de cometer crimes de fraude, phishing, terrorismo, propaganda e desinformação, segundo o relatório.
O ChatGPT pode ser utilizado para obter informações sobre uma vasta gama de potenciais áreas de crime sem conhecimento prévio, desde arrombamento de uma casa ao terrorismo, cibercrime e abuso sexual de crianças.
Escreveu a Europol, salientando que o ChatGPT funciona de forma imediata, pelo que, caso um potencial criminoso precise de acelerar o seu processo de investigação relativo a uma determinada área, conseguirá a informação facilmente.
No mesmo documento, a agência europeia enumera algumas diretrizes para as empresas que desenvolvem ou venham a desenvolver tecnologias semelhantes ao ChatGPT, sublinhando a importância de regulamentar este campo.