Os avanços da inteligência artificial (IA) serão de extrema relevância para o futuro do emprego no mundo. As oportunidades irão surgir, mas tal como já demos aqui a conhecer, irão também extinguir muitos postos de trabalho de forma acelerada. Um estudo publicado na Itália refere que 8,4 milhões de postos de trabalho estão ameaçados pela IA, terá Portugal melhor sorte?
Foi através de um estudo levado a cabo pela Confartigianato que se chegou ao número de 8,4 milhões de postos de trabalho em risco pelo desenvolvimento da IA, tendo em consideração a realidade laboral do país.
IA: Emprego em risco ou uma oportunidade?
Pode ler-se no relatório que 36,2% do total de trabalhadores italianos irá sofrer o impacto de profundas transformações tecnológicas e processos de automação, o que é ligeiramente inferior ao estimado para a média europeia que é de 39,5%.
Os mais afetados serão os técnicos de informação e comunicação, bem como gestores administrativos e empresariais, especialistas em ciências empresariais e administrativas, especialistas em ciência e engenharia e os gestores da administração pública.
Por outro lado, os empregos com menor risco serão aqueles que têm “uma componente manual não padronizada”. Há ainda outra informação relevante. Segundo a Confartigianato, o crescimento da inteligência artificial vai representar uma ameaça para 25,4% dos trabalhadores que entraram numa empresa em 2022, o que representa 1,3 milhões de trabalhadores, enquanto no caso das pequenas empresas com até 49 funcionários, vai afetar 22,2%, cerca de 729 mil pessoas.
Para Portugal, o impacto da IA no emprego poderá ser positivo tanto a nível de criação de emprego quanto a nível salarial, segundo um estudo recente do Banco Central Europeu.