Encontramo-nos numa época em que a tecnologia domina o Mundo. E por essa razão nos vemos, muitas vezes, dependentes dela. Há histórias muito caricatas acerca desse tema, e exemplo disso foi o que li sobre um senhor que tinha ido viver para a banheira para se ver livre do computador.
No entanto, outra história completamente oposta, é a da Kelly Sutton, que pôs à venda praticamente todas as suas coisas, salvo a tão preciosa tecnologia!
Tudo começou quando Sutton, de 23 anos e habitante em New York, teve que distribuir o seu tempo entre a sua cidade e Berlim, devido ao seu trabalho de Eng. de Software. E como se sentiu cansado de empacotar tanta coisa em várias caixas.. pensou numa solução radical!
Refere que muitas vezes, depois de empacotar as caixas, não se lembrava do que elas continham e, por essa razão, talvez não valesse a pena guardar tanta coisa. Só o essencial.
Sutton foi inspirado pelo livro de Timothy Ferris “Trabalhe 4 horas por semana”, e diz que consegue guardar tudo o que tem, ou pelo menos o que necessita, em apenas duas caixas de 50 cm³ e em duas malas pequenas.
Este é o quarto de Kelly Sutton, e pode-se verificar que ele manteve a tecnologia. Por outro lado vendeu ou deu, os produtos mais básicos do dia a dia. Depois desta mudança, Sutton diz sentir-se mais “livre”:
Para “se ver livre” das coisas, para ele, supérfluas, Sutton até criou um site, designado Cult of Less, ou culto de menos, onde podemos encontrar todos os seus pertences, desde carro, bicicleta, cuecas até Macbook, Kindle e iPad, devidamente catalogados, por preço e estado, isto é, se o produto está vendido, se está à venda, ou se é para manter.
Como podemos constatar pelo site, e a decisão de Kelly desde o inicio continha uma excepção, ele não vende a tecnologia. Segundo ele “Acho que não abriria mão do meu computador. É a minha fonte de rendimento, planeamento e diversão. Não se pediria a um agricultor para viver sem a sua enxada ou sem o seu burro. Dessa forma não pediria a um Engenheiro de Software para viver sem o seu computador.”
Objectivo Alcançado
Depois de quatro meses, Kelly Sutton faz quase tudo apenas com a sua tecnologia. Lê a partir do Kindle ou do iPad, e substitui os livros. Programas, séries e filmes vê tudo a partir do seu MacBook, e, desta forma, escusa de ter DVDs. Quando quer ver programas que não estejam disponíveis na Internet, vai a um Bar. E os serviços de Lavandaria públicos substituem as máquinas de lavar.
Este é um dos muitos exemplos que ilustram o quão essencial está a tecnologia, e cada vez mais a fazer parte do quotidiano das pessoas.
Abaixo está uma das muitas entrevistas que Kelly deu aos media, devido à sua história se ter tornado curiosa:
Apesar de tudo, Kelly acredita que este seu estilo de vida não irá durar quando tiver uma família, mas até lá, não desistirá de ter apenas o necessário.
Ele mesmo refere “a cada compra que faço, pergunto-me: preciso mesmo disto? E acabo por comprar menos coisas, mas coisas mais interessantes.”
Este é um exemplo como há muitos pelo mundo. Mas não deixa de ser interessante, e é bom que paremos para nos perguntar: Até que ponto faz parte a tecnologia da nossa vida?
Artigos Relacionados
- Dependência em Internet e Jogos Electrónicos
- Tratamento para Dependência em Tecnologias
- Estudo revela que iPhone pode causar Dependência
- Dependência dos jogos comparada à da cocaína