É com frequência que surgem notícias que colocam em causa a idoneidade de Elon Musk, no que respeita à forma como trata os trabalhadores das suas empresas. Fala-se em clima tóxico, misoginia, racismo e o magnata já foi mesmo acusado de crimes sexuais.
Foi perante uma queixa coletiva apresentada através de uma carta aberta por funcionários da SpaceX, que se procederam a vários despedimentos por “ativismo excessivo”.
A SpaceX demitiu vários funcionários que escreveram e partilham uma carta aberta a criticar o comportamento do CEO Elon Musk. O presidente da empresa criticou a carta como “ativismo excessivo”.
A carta aberta descrevia o comportamento de Musk como “uma fonte frequente de distração e constrangimento” para os funcionários, “principalmente nas últimas semanas”. Pede-se à empresa que “aborde publicamente e condene o comportamento prejudicial de Elon no Twitter”.
Como nosso CEO e porta-voz mais proeminente, Elon é visto como o rosto da SpaceX – cada Tweet que Elon publica é como uma declaração pública da empresa. É fundamental deixar claro para as nossas equipas e para o nosso potencial grupo de talentos que a sua mensagem não reflete o nosso trabalho, missão ou os nossos valores.
Pode ser lido na carta partilhada no dia de ontem.
Depois dessa carta aberta, na tarde de ontem, segundo o The New York Times vários dos funcionários que a assinaram, foram demitidos, sendo esta informação confirmada por email enviado por Gwynne Shotwell, presidente da SpaceX. Não se sabe concretamente quantos foram os visados.
No e-mail, Shotwell refere que a SpaceX “demitiu vários funcionários envolvidos” na elaboração da carta.
A carta, as solicitações e o processo geral fizeram com que os funcionários se sentissem desconfortáveis, intimidados e intimidados e/ou irritados porque a carta os pressionou a assinar algo que não refletia os seus pontos de vista.
Temos muito trabalho crítico a realizar e não há necessidade desse tipo de ativismo exagerado.
Segundo o The Verge, um funcionário que contribuiu para escrever a carta, que pediu para permanecer anónimo, argumentou que o sentimento geral entre outros funcionários é que o e-mail de Shotwell é “surdo”. O funcionário alegou que a carta foi o resultado de um “mês de trabalho árduo dedicado e solicitação de feedback para tentar garantir que recebemos o máximo de informações possível”.