Edward Snowden é uma figura incontornável na luta contra as grandes entidades de vigilância digital. Nesse sentido, lançou o livro ‘Vigilância Massiva, Registo Permanente’ que é, atualmente, o livro mais vendido do mundo. Contudo, os EUA já estão contra a publicação deste livro.
O antigo colaborador da NSA tem tido uma agenda mediática bastante preenchida para divulgar o seu novo livro. Nesse processo, viu recusado o seu pedido de asilo na França.
Desde que Edward Snowden denunciou as práticas realizadas pela NSA, que têm sido vários os trabalhos para o dar a conhecer. Foram gravados filmes e documentários sobre si, vários artigos publicados e algumas entrevistas. Agora, o denunciate publicou um livro de memórias, ‘Permanent Record’.
O meu nome é Edward Snowden. Antes trabalhava para o governo, mas agora trabalho para o público.
Já disponível numa tradução para português, com o título ‘Vigilância Massiva, Registo Permanente’, Snowden afirma que este é de momento o livro mais vendido do mundo.
Hours after the United States government filed a lawsuit seeking to punish the publication of my new memoir, #PermanentRecord, the very book the government does not want you to read just became the #1 best-selling book in the world. It is available wherever fine books are sold.
— Edward Snowden (@Snowden) September 17, 2019
Contudo, a história não se fica por aqui. O livro relata sobretudo testemunhos na primeira pessoa do que viu e do que se passava na NSA. Para além disso, todo o processo de asilo político que sucedeu as denuncias foi igualmente abordado.
Entretanto, o livro de memórias já foi motivo para a instauração de um processo contra Edward Snowden. O Departamento de Justiça dos EUA está a colocar entraves à publicação do livro devido ao facto de este não ter sido previamente autorizado pela NSA e pela CIA. Segundo a lei norte-americana, este é um requerimento exigido a qualquer ex-funcionário destas agências de inteligência norte-americanas.
Pedido de asilo recusado pela França
Na sequência das várias aparições que Snowden tem feito para divulgar o seu livro, referiu à France Inter que gostava que a França lhe concedesse asilo político. Tal já tinha sido feito pelo denunciante em 2013, antes de rumar à Rússia.
Contudo, o país gaulês não parece estar disposto a mudar a sua postura. O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, afirmou que não foi recebido nenhum pedido formal de asilo político. Para além disso, caso tivesse sido recebido, o ministro não vê motivos para mudar a posição tomada em 2013 e aceitar, desta vez, Edward Snowden no seu país.