O segmento dos smartphones há alguns anos que não tem uma evolução que seja considerada uma inovação de fundo, algo que possa mudar os hábitos do utilizador. Embora haja incrementos tecnológicos, este mercado está um pouco estagnado e nota-se uma certa saturação, levando a que haja já um abrandamento considerável no mercado em geral.
Para voltar a criar o efeito WOW no mercado, a Samsung lançou já um smartphone “dobrável”, mas este poderá chegar aos mercados com um preço absolutamente proibitivo.
Samsung poderá marcar de novo o segmento dos smartphones
A gigante sul-coreana apresentou no início deste mês o Infinity Flex Display e mostrou o que será o seu smartphone com ecrã dobrável. As possibilidades podem ser muitas e esta tecnologia abre portas ao aparecimento de novos conceitos de dispositivos de comunicação móvel.
Posteriormente, foram revelados mais aspetos. A Samsung apresentou o Infinity Flex Display num equipamento com um ecrã de 4,6 polegadas, e que depois de desdobrava para revelar um tablet com ecrã de 7,4 polegadas. Num ambiente naturalmente escuro, a marca não quis revelar muito mais sobre este equipamento.
Mas, e o preço será de 2500 dólares?
Depois de haver alguma curiosidade quanto à usabilidade do equipamento, qualidade do ecrã em termos de resolução e fiabilidade de um material que irá dobrar milhares de vezes, a empresa foi deixando apenas dicas de que este chegará em março do próximo ano e poderá ter o nome de Samsung Galaxy F.
O preço final, que inicialmente foi apontado na casa dos 1700 dólares, afinal os rumores mais recentes referem que andará entre os 1925 e os 2565 dólares. Em Portugal, dado o envolvimento fiscal, facilmente andará perto dos 3 mil euros!
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Na verdade, este tipo de preços é normal quando o ponto fundamental é o ecrã. São os equipamentos de início de tecnologia o que tem um preço ainda a refletir toda a cadeia de investigação, desenvolvimento e comercialização.
Haverá interesse no mercado?
Há sempre um interesse num alargado grupo de utilizadores que compra a qualquer preço, bastando ser novo, com tecnologia inovadora, que não se encontrará no bolso e não mão de qualquer pessoa. Não tenhamos dúvidas que muitos utilizadores o irão ter nas mãos às primeiras horas de distribuição. Mas é essencial que assim seja, pois, só assim teremos mais à frente o custo da tecnologia amortizada.
Terá Android ou Tizen?
Um aspeto que poderá ser interessante perceber é se, usando esta novidade no mercado, a Samsung poderá arriscar colocar o seu sistema operativo, o Tizen. A empresa tem feito alguns esforços para largar a dependência do sistema operativo da Google e esta inovação, poderá ser o clique que a empresa precisa para lançar uma escada ao mercado dos smartphones com o seu sistema operativo Tizen, que cada vez está mais compatível com as apps Android.