As permissões que damos com frequência às aplicações móveis, podem ser muito valiosas para os programadores, principalmente se forem relativas a dados como a localização. Não é esperado que dados como esses sejam vendidos a terceiros, mas o que é facto é que tal acontece com mais frequência do que o que desejaríamos.
Agora o Serviço Secreto dos Estados Unidos está a ser acusado de ter pago por dados de localização para rastrear pessoas.
É com frequência que surgem notícias de ações que colocam em causa a nossa privacidade, enquanto utilizadores de smartphones ou outros dispositivos com os quais partilhamos informações pessoais a cada instante.
Agora a notícia chega dos Estados Unidos e do United States Secret Service. O Serviço Secreto terá pago por um produto que lhe dá acesso a dados de localização gerados por apps comuns que instalamos nos nossos smartphones.
Esta informação surge da análise a um documento interno da agência.
Acesso a dados de localização de apps comuns para smartphone
Os dados a que o Serviço Secreto tem acesso estão a ser, aparentemente, enviados por um software comercializado pela empresa Babel Street, denominado de Locate X. No entanto, para que a agência pudesse ter acesso a tais dados, deveria recorrer a um mandado ou a uma ordem judicial.
Sem que haja uma certeza quanto à finalidade da compra destes dados, o site Motherboard avança que terá sido para criar uma cerca virtual de uma determinada região, de forma a rastrear os dispositivos na área.
O contrato com a empresa que fornecia as localizações recolhidas de apps comuns decorreu entre 28 de setembro de 2017 e 27 de setembro do ano seguinte e custou à agência cerca de 2 milhões de dólares.
Contactados pelo site, nem a Babel Street, nem o Serviço Secreto, comentaram o caso. Especula-se que o serviço tenha sido utilizado mais que uma vez, mas não existem certezas quanto a essa informação.
Outra questão que fica por perceber é como é que a Babel Street consegue ter acesso às informações de localização dos utilizadores das apps.