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Sangue artificial em ensaios clínicos já em 2017

Pelo quarto ano consecutivo, regista-se em Portugal uma quebra nas dádivas de sangue. As razões apontadas pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação indicam a isenção nas taxas moderadoras reduzida, a crise e a emigração, como principais factores.

No entanto, este não é um problema que afecta só o nosso país e é necessário encontrar soluções urgentes. Uma delas pode passar pelo sangue sintético ou artificial, que há muito que está a ser desenvolvido e que dentro de apenas dois anos, começará a ser testado em humanos.

A notícia chega do National Health Service (NHS) do Reino Unido, que afirma que os glóbulos vermelhos produzidos em laboratório serão aplicados em transfusões em humanos já em 2017.

A quebra mundial do número de dadores de sangue é uma das razões que está a impulsionar fortemente o desenvolvimento destas células, com o objectivo de responder às necessidades dos Serviços Nacionais de Saúde (SNS), a um preço suportável.

Os primeiros ensaios irão basear-se na introdução de uma pequena quantidade de glóbulos vermelhos sintéticos (menos de 10 ml) no corpo humano, de forma a ser possível monitorizar quaisquer reacções adversas em comparação com o sangue normal.

O sangue artificial é produzido através de células estaminais retiradas do sangue de um dador ou das células do cordão umbilical.

Se os ensaios clínicos forem bem sucedidos, abrem-se portas à produção em massa deste sangue que pode ser aplicado em transfusões de sangue em casos de emergência.

O desenvolvimento de sangue artificial encontra-se inserido no programa de investigação do NHS de transplante de sangue e órgãos. Nick Watkins, director assistente da investigação refere que estes ensaios vão comparar as células produzidas com o sangue doado, sendo que o objectivo não é o de substituir a doação de sangue, mas sim, fornecer tratamento especializado a grupos específicos de pacientes.

These trials will compare manufactured cells with donated blood. The intention is not to replace blood donation, but provide specialist treatment for specific patient groups.

Em Portugal, através do site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação encontrará todas as informações necessárias sobre o processo da dádiva de sangue, com todas referências que um dador, ou possível dador, necessita bem como a informação relativa às sessões de colheita.

Fonte: National Health Service Informações úteis: Instituto Português do Sangue e da Transplantação

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