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Ryanair, easyJet, Vueling e Volotea multadas por cobrarem taxas pela bagagem de mão

Viajar por companhias aéreas low cost implica alguns custos extra, além do bilhete. Apesar de este ficar, de facto, mais barato, adicionar uma mala de mão ou, simplesmente, escolher um lugar pode acarretar taxas. A Ryanair, easyJet, Vueling e Volotea foram, agora, multadas por cobrarem taxas pela bagagem de mão e por falta de transparência em matéria de preços.


Quando o tamanho da carteira não é proporcional à vontade de viajar, as companhias aéreas low cost são a solução ideal. Contudo, a um bilhete de avião barato juntam-se outros custos, caso o passageiro queira fazer upgrades, como levar bagagem de mão – esta é, normalmente, assegurada pelas companhias aéreas full service.

Agora, na maior multa alguma vez aplicada pelas autoridades de defesa do consumidor por práticas prejudiciais contra os clientes, o Ministério do Consumo de Espanha aplicou uma coima recorde de mais de 150 milhões de euros a quatro companhias aéreas de baixo custo por práticas abusivas. São elas a Ryanair, a Volotea, a Vueling e a easyJet.

Esta multa baseia-se em quatro práticas comuns destas companhias, que são consideradas “abusivas” ou “não transparentes”:

  1. Cobrança de bagagem de mão, pois as companhias aéreas multadas cobram aos passageiros que transportam mochilas ou sacos a bordo do avião, apesar de não ser necessário registá-los.
  2. Falta de transparência nos preços, uma vez que o preço de um bilhete pode mudar durante o processo de compra e de, no final do processo, ter aumentado inesperadamente. É considerada uma prática desleal porque dificulta aos consumidores a comparação de preços entre companhias aéreas ou a tomada de decisões informadas.
  3. Cobrança adicional pelo lugar ao lado de dependentes, que podem ser pais e filhos.
  4. Impossibilidade de pagar em numerário no aeroporto.

Embora sejam o modus operandi das companhias aéreas low cost, que assim asseguram os preços baixos associados aos bilhetes de avião, estas práticas passam a ser tecnicamente proibidas, a partir de agora.

Foram quase seis anos a lutar para que as autoridades atuassem contra as práticas através das quais as companhias aéreas inflacionavam ilegalmente os seus lucros e finalmente conseguimos.

Disse Rubén Sánchez, secretário-geral da FACUA – Consumidores en Acción, num comunicado.

Esta associação, que procura defender os direitos dos consumidores espanhóis e que lutava contra estas práticas desde 2018, motivou uma investigação da Direção-Geral do Consumidor, em 2023.

De acordo com o elDiario.es, citando a organização, a maior sanção recaiu sobre a Ryanair, que foi primeira companhia aérea a cobrar pela bagagem de mão, em novembro de 2018. Seguiu-se a Vueling e, a uma distância muito maior, a easyJet e a Volotea.

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