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Rússia instala Wi-Fi nos cemitérios

Não, os falecidos ainda não precisam de Wi-Fi mas, ao que parece, os familiares e amigos que os visitam em 3 dos maiores cemitérios russos têm necessidades muito para lá das espirituais.

Agora já não se devem queixar da rede móvel pois foram colocados hotspots para ter Internet de boa qualidade, com acesso aos Instagram e restantes redes sociais ali perto dos ente queridos que partiram para o além.

É de conhecimento geral que os russos têm uma hábitos diferentes, chamemos-lhes estranhos. No Verão passado um concurso de selfies com mortos foi alvo de investigação, mas há muitas outras “bizarrices”.

Agora, provavelmente com a justificação de algum conforto, as autoridades russas autorizaram a instalação de Wi-Fi gratuito em três dos cemitérios mais proeminentes e frequentemente visitados do país. Assim, durante o primeiro semestre de 2016, aqueles que têm “propriedade” nos respectivos cemitérios de Novodevichy, Troyekurovskoye e Vagankovo ​​não terão de se preocupar com a má qualidade do serviço 3G ou 4G dos seus smartphones, agora terão acesso Wi-Fi para que possam usar o Instagram e outras apps, que foram alvo de justificação para o pedido.

Marcadas como “Zonas psicológicas de conforto” estes hotspots estarão disponíveis nas “áreas de descanso” em que parece ser um dos pedidos frequentes nos cemitérios russos.

Numa pesquisa realizada por nós no verão, os entrevistados queixaram-se da falta de Internet no cemitério.

Referiu Yevgeny Abramov, director da empresa YS System ao site Klerk.ru.

Os responsáveis não demoraram muito a adivinhar qual seria a solução, até porque a dependência das redes sociais até num cemitério parece ser muita.

Estes actos têm de ter o respeito e recato, como estão a exigir as autoridades. Nesses cemitérios estão sepultadas personalidades como o escritor Anton Chekhov, o líder soviético Nikita Khrushchev ou o ex-presidente russo Boris Yeltsin, isto no cemitério de Novodevichy. Isto pode suscitar a curiosidade de turistas e moradores locais.

Estes cemitérios são como museus ao ar livre. As pessoas muitas vezes vêm e encontram-se em pé na frente de um túmulo e quer saber mais sobre a pessoa lá sepultada.

Referiu Lilya Lvovskaya, porta-voz da gestão dos cemitérios de Moscovo à AFP.

Poderá ser outro ponto de vista para a tecnologia, uma evolução adaptada ao que hoje é um retiro mais espiritual passar a ser uma história viva em etiquetas tecnológicas com smartphones e tablets a mostrar o vida de quem jaze ali.

The Sun

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