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Rússia desligou-se da Internet mundial… e não ficou sem Internet

O Governo russo anunciou esta segunda-feira que se desligou, com sucesso, da Internet Mundial. Isto quer dizer que a Rússia deixou de depender da estrutura de DNS implementada à escala Global e da própria conectividade.

Por agora são apenas testes, que fazem parte do polémico programa RuNet. Será que outros países poderão seguir o mesmo caminho?


O objetivo é que a Rússia possa vir apenas a ser dependente do programa RuNet no acesso à conectividade mundial. Além disso, com esta solução de backup, a Rússia tem um plano B no caso de um ciberataque.

Os testes para desligar a Rússia da “Internet Mundial” decorreram durante vários dias. Nestes testes foram envolvidos ISPs daquele país, agências governamentais, empresas locais, entre outros. Na prática, com as alterações realizadas, a Rússia deixou de depender da estrutura de DNS mundial.

 

Para que serve o DNS?

Um dos serviços mais importante em qualquer rede de dados é o DNS (Domain Name System). Tal como o nome sugere, o DNS traduz nomes em endereços IP e vice-versa. Por exemplo, quando acedemos ao site www.google.com, o nosso sistema precisa de saber qual a máquina a contactar e pede ao servidor de DNS (que tem configurado) para que este lhe traduza o nome num endereço IP. Do lado do cliente o utilizador apenas tem de indicar qual o servidor de DNS a usar. Já do lado do servidor há um conjunto de parâmetros que temos de definir.

De acordo com as informações, foram criadas rotas de encaminhamento conseguindo transformar a RuNet a maior Intranet do mundo segundo refere o canal ZDNET.

Não há muitos detalhes sobre esta operação, sabendo-se apenas que foram testados vários cenários e desligados vários pontos core.

Lei da soberania da Internet

A Rússia quer aprovar a Lei da soberania da Internet. Esta lei, segundo as poucas informações, tem como principal foco a segurança nacional determinando que todos os ISPs locais redirecionem todo o tráfego da Internet através de pontos estratégicos sob a administração do Ministério das Comunicações da Rússia.

Esses pontos de comunicação podem funcionar como um comutador gigantesco para a conectividade externa à Internet da Rússia. Podem também funcionar como um “equipamento de vigilância na internet”, semelhante à tecnologia Great Firewall da China, como muitos defensores da privacidade apontaram.

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