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Rússia acusa YouTube de censurar conteúdos e impedir o acesso à informação a mando dos EUA

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusou o YouTube de censurar conteúdos e impedir o acesso à informação a mando dos Estados Unidos da América (EUA).


Conforme recordado pela Reuters, nos últimos anos, a Rússia tem criticado fortemente a Google da Alphabet, proprietária do YouTube, por retirar do ar canais de meios de comunicação social e figuras públicas russas, por não remover conteúdos que Moscovo considera ilegais ou indesejáveis e por não armazenar adequadamente os seus dados na Rússia.

Ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acusou o YouTube de censurar conteúdos e impedir o acesso à informação a mando dos EUA, avisando que tem amplos motivos para tomar medidas contra a plataforma.

Vemos muitos motivos significativos para tomar medidas contra o YouTube. Numerosas violações sistemáticas da legislação russa e um desrespeito demonstrativo pelo público nacional e pelos seus interesses dão aos organismos reguladores do nosso Estado o direito de utilizar os instrumentos legais adequados.

A ilegalidade e a censura política continuam a ser a norma para a administração do YouTube, controlada por Washington.

Afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado, acusando a plataforma de remover sistematicamente conteúdos russos, num esforço para privar o mundo de fontes de informação russas.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia

Além das dezenas de canais do YouTube afiliados ao Estado russo e a figuras públicas, alegadamente, removidas da plataforma, Zakharova disse que o próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros teve vídeos retirados: “O YouTube levou a cabo um ato de censura direta, impediu a livre distribuição e o acesso à informação, violando assim os direitos de centenas de milhares dos nossos subscritores”.

A Google não terá respondido a um pedido de comentário sobre a declaração de Zakharova, aquando da publicação da informação pela Reuters, a 2 de agosto.

Um porta-voz do YouTube disse, anteriormente, que a empresa tinha conhecimento de relatos de algumas pessoas que não conseguiam aceder ao YouTube na Rússia. Contudo, informou que “não se trata de problemas técnicos da nossa parte nem de medidas tomadas por nós”.

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