O submarino Titan, da empresa OceanGate Expeditions, está desaparecido desde segunda-feira. Um veículo português podia ajudar nas buscas pelo submarino Titan, mas tal não irá acontecer. Há uma razão.
ROV Luso não irá participar nas buscas por não chegar em tempo aceitável
Portugal recebeu um pedido de ajuda para o uso do robô português de investigação subaquática: o ROV, segundo revela a SIC. O ROV Luso é um veículo de operação remota capaz de mergulhar até à profundidade de 6.000m.
Para Portugal, representa a capacidade de alcançar e operar em 100% do leito oceânico sob soberania nacional (incluindo a futura área correspondente à extensão da plataforma continental) e 97% do fundo marinho à escala global.
Deep-sea exploration began over 150 years ago but the ocean remains vastly unexplored. Our mission is to explore more and to share the experience of discovery with citizen explorers worldwide – starting with the #Titanic. #OceanExplorationDay
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— OceanGate Expeditions (@OceanGateExped) January 23, 2023
O ROV Luso não irá participar nas ações de busca, pelo simples facto de não chegar ao local em tempo útil. O submarino turístico que levava cinco pessoas para verem os destroços do Titanic desapareceu no Oceano Atlântico.
O ROV Luso foi adquirido por Portugal em 2008, no âmbito do Projeto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal (PEPC), com o objetivo de efetuar recolha seletiva amostras geológicas do fundo marinho, para a sustentação científica da submissão portuguesa apresentada às Nações Unidas em maio de 2009.
A aquisição deste equipamento, representa para Portugal a possibilidade de utilizar este meio de excelência para efetuar um conjunto ímpar de ações de investigação multidisciplinar, desenvolvimento e inovação.
À Renascença, o coordenador de uma equipa da estrutura de missão para a Extensão da Plataforma Continental explica que o submersível deixou de comunicar com a superfície 1h45 depois de ter partido, ou seja, “durante a descida”.
Sobre a hipótese de ter dado à superfície, mas não ter sido detetado, o especialista diz que “o veículo tem capacidade para largar os seus pesos, ao fim de 24 horas, conferindo-lhe flutabilidade”.