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Reconhecimento Facial reconhece as pessoas em tempo real mesmo com máscara

Um dos grandes problemas para as forças de segurança de alguns países, neste tempo de pandemia, é a identificação do rosto das pessoas. Com o uso de máscaras aumentaram as falsas identificações faciais e isso preocupa as autoridades. Contudo, a empresa japonesa NEC parece ter resolvido o problema.

Há cada vez mais países e organizações a usar o reconhecimento facial em tempo real. A nova tecnologia pode ajudar a identificar com rigor o indivíduo.


Máscara não é problema na identificação facial

A empresa japonesa NEC lançou um serviço de identificação facial em tempo real, o NeoFace, que consegue reconhecer e identificar as pessoas mesmo com o uso de máscara.

A tecnologia usa a parte do rosto que não está coberta, como os olhos, por exemplo, para identificar ou verificar uma identificação.

Segundo a empresa, apenas demora um segundo, com uma precisão de mais de 99,9%.

Existem já algumas empresas a usar este sistema de identificação biométrico. A polícia metropolitana de Londres, por exemplo, usa este sistema da NEC que reconhece as pessoas numa multidão e identifica aqueles que estão nas listas de pessoas a vigiar.

Outras empresas também já têm esta tecnologia, como é o caso da Lufthansa e da Swiss International Airlines.

NEC quer garantir um pagamento seguro mesmo com máscara

Apesar de ser um crescente problema para a segurança, a verdade é que as máscaras vieram para ficar, por muitos meses, ou anos.

Assim, esta tecnologia poderá servir não só para questões de segurança policial, mas também para agilizar pagamento, mesmo com a máscara posta.

O toque do leitor de impressões digitais é cada vez menos aconselhado, o colocar o código em público é desaconselhado, então, o reconhecimento facial continua a ser a alternativa mais segura. Claro que não tirarmos a máscara é acima de tudo o objetivo, até nas compras.

Para responder a esta necessidade, a NEC está já a experimentar o pagamento automático através o reconhecimento facial mesmo com máscara. Alguns locais em Tóquio estão já a experimentar o sistema.

A ideia é evitar que as pessoas toquem com as mãos em superfícies num alargado cenário de casos.

Foi apresentada à medida que as necessidades aumentavam devido ao aumento de situações do novo coronavírus.

Disse Shinya Takashima, responsável pela divisão de plataformas digitais da NEC à Reuters.

 

Agentes com identificações erradas de pessoas para serem vigiadas

Com o aumento dos casos da COVID-19, o uso de máscara é indispensável e obrigatório em muitos casos. Além disso, as forças de autoridade não promovem o retirar da máscara, por receio de contágio.

Processo de como chega às mãos dos agentes da polícia as imagens de pessoas para serem vigiada | Imagem: BBC

Antes da pandemia da COVID-19, o algoritmo do reconhecimento facial tinha um grau de erro entre 20 e 50% em pessoas a usar a máscara, segundo o relatório do Instituto Nacional de Tecnologias e Standards.

No entanto, no final do ano 2020, foi notado um vasto melhoramento na precisão de identificações.

 

Regra ilegal

O reconhecimento facial provou ser controverso. Tem havido dúvidas sobre a forma como os sistemas reconhecem bem os tons de pele mais escuros, juntamente com preocupações éticas sobre a invasão da privacidade.

Em agosto, a utilização de tais sistemas pelas forças policiais galesas foi considerado ilegal num caso apresentado por um ativista dos direitos civis.

E nos EUA, grandes empresas tecnológicas, incluindo a Amazon e a IBM, suspenderam a utilização de software de reconhecimento facial por agentes da polícia, para dar tempo aos legisladores de considerarem a legislação sobre a forma como este deveria ser implementado.

 

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