Para muitos, o hidrogénio verde é o caminho a seguir para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes, especialmente dos pesados. Contudo, este componente, que é obtido através de energias renováveis, é caro e não é muito eficiente.
Portugal, Espanha e França confirmaram, esta sexta-feira, em Alicante, a criação de um “corredor” de energia exclusivo para hidrogénio verde. Saiba em que consiste.
De acordo com o que foi revelado pela SIC, o projeto H2MED deve estar pronto em 2030 e vai custar quase 3.000 milhões de euros. Anunciado em outubro, o acordo entre os três países para a criação de um corredor de hidrogénio verde está agora concluído. De fora fica a possibilidade inicial de servir também para transportar gás. Uma limitação que parece afetar o entusiasmo da presidente da Comissão Europeia.
O projeto, batizado H2MED, para transporte de hidrogénio verde, prevê uma ligação terrestre entre Celorico da Beira e Zamora, em Espanha (CelZa, com 248 quilómetros) e outra submarina entre Barcelona e Marselha (BarMar, de 455 quilómetros).
No total, o H2MED vai custar quase 3.000 milhões de euros: 350 milhões na ligação entre Portugal e Espanha e mais 2.500 milhões na ligação entre Espanha e França. O financiamento europeu pode chegar aos 50%.
Estas novas ligações, que devem estar prontas em 2030. Vão ter capacidade para transportar, todos os anos, 2 milhões de toneladas de hidrogénio verde entre Barcelona e Marselha e 750 mil toneladas entre Celorico da Beira e Zamora – o que representa mais de 10% do consumo anual da União Europeia.
A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050. Nesse sentido, a descarbonização de um elemento como o hidrogénio — responsável atualmente por mais de 2 % das emissões totais de CO2 no mundo —, que resulta no hidrogénio verde, se revela como um dos pontos-chave