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Precisam-se de mulheres nos cursos de Tecnologia

Universidade Portucalense pretende incentivar a adesão de estudantes com prémios

Vai fazer dois anos que eu escrevi aqui no Pplware um artigo designado ‘Têm as Mulheres lugar no Mundo da Tecnologia?’, e na verdade as opiniões foram bastante diversas pois se havia quem achasse que sim, e que as que havia eram poucas, também ainda havia quem fosse da opinião que este é um Mundo exclusivo de homens. No entanto, e já noutro artigo, dei a conhecer mulheres que dominam em grandes empresas tecnológicas como Dell, HTC, IBM, Google e Facebook. A realidade é que existem de facto mulheres na tecnologia, mas são num número reduzido comparativamente aos homens. Actualmente a percentagem de mulheres que se encontra num curso de informática é de apenas 2%, e a Universidade Portucalense está disposta a aumentar esse número!

Nos Censos Pplware ‘Quem são os nossos leitores’ que realizámos no ano passado, uma das questões era o género, e os resultados foram bem claros: em 4312 respostas, 97% eram homens e apenas 3% (132) eram mulheres.

No meio académico este número não sofre grandes alterações uma vez que são apenas 2% o número de estudantes femininas que frequentam cursos tecnológicos. 

Para alterar esta realidade, a Universidade Portucalense (UPT) está a incentivar as estudantes com prémios para que estas se motivem e frequentem cursos como Eng. Informática, e também “para contrariar a actual tendência de afastamento e desinteresse do público feminino pela área das tecnologias de informação”, refere a instituição.

Para o Departamento de Inovação, Ciência e Tecnologia (DICT) da Universidade, a escassez de mulheres a apostarem na construção de carreiras nesta área é um fenómeno de proporção mundial e uma preocupação partilhada por organismos como as Nações Unidas e a Comissão Europeia, bem como por empresas de referência do sector como a Microsoft e a IBM.

A Directora do Departamento, Maria Filomena Castro Lopes, adianta que “Queremos contribuir para o desafio que está a ser lançado no plano internacional e que passa por combater o estereótipo de que as profissões ligadas às tecnologias são talhadas para homens”. A directora acrescenta ainda que apesar de estarmos num momento de desemprego que os sectores da economia no geral, os cursos tecnológicos estão entre os que geram mais oportunidades, e considera que as mulheres são por natureza detentoras de características muito próprias, particularmente valorizadas na área das tecnologias, “Na sua relação com os domínios das tecnologias de informação, as mulheres detonam, muitas vezes, uma criatividade, perspicácia e um poder de observação e análise assinaláveis”, conclui.

Assim, de forma a atrair e incentivar mais mulheres, jovens estudantes do ensino secundário, a ingressarem nos cursos tecnológicos e a adquirirem gosto e interesse pela tecnologia, a Universidade Portucalense premiou com 1 iPad e 1 vale de compras num armazém do Porto, a candidata feminina que registou o melhor desempenho no âmbito do ‘9º Prémio de Programação Universidade Portucalense’.

O concurso, destinado a jovens alunos do 10º, 11º e 12º anos, tem como objectivo que os concorrentes desenvolvam programas informáticos específicos, capazes de solucionar um conjunto de problemas que são, previamente, apresentados.

No site do Departamento também se encontram palavras de incentivo ao ingresso nos cursos tecnológicos, assim como a caracterização das mais valias que um curso deste género pode proporcionar.

A pergunta mantêm-se: Têm as Mulheres lugar no Mundo da Tecnologia? Que outras medidas poderiam ser implementadas para promover o interesse do sexo feminino na Informática?

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