As redes sociais vieram mudar por completo as sociedades. Muitos dos assuntos são discutidos nesses espaços e essas mesmas redes são usadas como veículo de informação para o bom e para mal. Em Portugal a liberdade de expressão existe, mas é importante ter a consciência do que se escreve.
Segundo informações recentes, os posts de polícias, agentes e militares nas redes sociais vão ser fiscalizados! Saiba porquê!
A medida de fiscalizar as redes sociais no que diz respeito a comentários consta do plano de prevenção de manifestações de discriminação nas forças e serviços de segurança (FSS) da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
Ontem (quinta-feira, 10/07/2020) os dirigentes máximos da PSP, da GNR e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras com elementos do IGAI debateram tal medida.
Redes Sociais vão estar debaixo de olho… pelo IGAI
Em causa está a “fiscalização” de comentários de natureza racista, xenófoba ou qualquer outro tipo de discriminação que sejam escritos por polícias, agentes e militares.
As redes sociais são hoje a praça pública. Tudo aquilo que se passa nas redes sociais é conhecido da comunidade. Não podemos aceitar que um polícia que jurou defender o Estado de direito e que representa a autoridade do Estado, que quando veste a farda promova a defesa desses valores, designadamente o princípio da igualdade, e quando dispa a farda possa tecer nas redes sociais comentários de natureza racista, xenófoba ou de outra qualquer forma discriminatória
Anabela Cabral Ferreira, inspetora-geral da Administração Interna
De acordo com a Lusa, a inspetora-geral da Administração Interna pediu aos responsáveis da PSP, GNR e SEF para que emitam normas internas no sentido de promoverem que esses comportamentos nas redes e fora delas não existam. “Se existirem, têm de ser sancionados a nível disciplinar pelas inspeções setoriais de cada uma das FSS e, quando se trata de situações de maior gravidade, pela IGAI”, frisou.
Nos últimos anos decorreram na IGAI 23 processos disciplinares relacionados com práticas discriminatórias, mas também associadas à suspeita de agressões físicas por parte dos elementos das FSS.