Foi em março deste ano que a Anacom deu o pontapé de saída para o 5G. Como primeiro passo a autoridade das comunicações revelou que iria auscultar o mercado, com vista a avaliar o interesse dos operadores nas faixas que tecnologicamente possibilitam o desenvolvimento dos vários serviços e que podem ser prestados com esta nova geração móvel.
A libertação da faixa dos 700 MHz para serviços de comunicações electrónicas terrestres está confirmada e isso obrigará a mudanças no serviço de televisão digital terrestre (TDT).
A ANACOM divulgou o roteiro nacional de libertação da faixa dos 700 MHz, necessária ao desenvolvimento da 5.ª geração móvel no quadro dos acordos internacionais e das determinações do Parlamento Europeu e do Conselho. A libertação da faixa, que deve começar no último trimestre de 2019 e decorrer até 30 de junho de 2020, implica que haja uma migração da televisão digital terrestre (TDT) para uma nova faixa de frequências.
O roteiro nacional proposto pela ANACOM, prevê a adoção do cenário mais simples de migração, através da manutenção da tecnologia atual e sem necessidade de qualquer período de transmissão simultânea. Este cenário implicará apenas uma sintonização da nova frequência, ou seja, não será necessário adquirir quaisquer equipamentos, nem reorientar as antenas. Apesar da simplicidade do processo, a ANACOM vai apoiar todos os utilizadores, estando a preparar um plano para esse efeito.
A adoção deste cenário não põe em causa, nem inviabiliza, qualquer solução que se venha a adotar para o futuro alargamento da oferta da TDT em Portugal. Neste cenário continua também a existir capacidade disponível na rede para poderem ser criados dois novos canais em sinal aberto, em definição standard, tal como acontece hoje.