Portugal tem apostado forte nas energias renováveis. O nosso país é o terceiro da UE que mais usa energia renovável. Apenas a Suécia e a Áustria conseguem superar Portugal.
Sabe-se agora que o Governo português está a negociar com a Holanda a constituição de um consórcio. Assim, o objetivo é instalar uma unidade de produção de hidrogénio verde em território nacional. Esta unidade será alimentada por energia solar.
“Fábrica gigante” de hidrogénio será em Sines
A notícia está a ser avançada pela TSF que revela que Sines poderá ter uma unidade de produção de hidrogénio. A unidade conseguirá produzir 1 Gigawatt. Tal valor equivale à energia consumida por um milhão de casas.
João Galamba, secretário de Estado da Energia referiu:
a literatura internacional aponta que o hidrogénio pode ser economicamente viável abaixo de 20 a 25 dólares por megawatt hora
O último leilão nacional de energia solar conseguiu arrecadar lotes com 14,7 euros por megawatt-hora.
Referiu ainda que…
Nós podemos dizer ao mundo e à Europa e sobretudo aos países do norte da Europa que precisam muito de hidrogénio. Nós temos uma coisa que o centro e o norte da Europa não tem que é capacidade de produzir eletricidade aos custos que tornam o hidrogénio viável
Parque fotovoltaico com 1 Gigawatt
Relativamente ao que vai nascer em Sines, o secretário de Estado da Energia refere:
Um parque fotovoltaico com 1 Gigawatt em versão autoconsumo, que baixa ainda os custos de produção de eletricidade porque tem isenções de tarifas de acesso à rede. O estado tem terrenos públicos em Sines que só podem ser utilizados em projetos industriais. Tal pode ser um fator importante para baixar os custos de produção do hidrogénio e depois atrair grandes empresas nacionais para este projeto. Empresas da área do gás e da logística e transportes…
A unidade de Sines, com 1 Gigawatt no reator de eletrólise, estará a trabalhar 8 mil horas por ano. Além disso, irá usar 1,5 metros cúbicos de água, podendo produzir 160 milhões de kg de hidrogénio. Tal capacidade daria para uma frota de autocarros e camiões (com consumo de 20 kg aos 100) fazer 800 milhões de km. Em resumo, tal dará para alimentar 27 vezes uma frota do tamanho da Carris, que faz 29 milhões de km por ano.