Com o confinamento foram vários os estudos e plataformas que nos mostraram que a poluição baixou drasticamente. Tal aconteceu porque existiram milhares de fábricas que fecharam portas e a circulação automóvel também foi mais reduzida.
Com o desconfinamento, e como é normal, a Poluição do ar voltou a subir em Portugal.
Como seria de esperar, com o desconfinamento em Portugal a poluição do ar voltou a subir. Um “alerta” recente da Associação Zero revela este aumento, realçando o incremento em 86% da concentração de dióxido de azoto na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Segundo comunicado, a associação refere que “a estação na Avenida da Liberdade registou um aumento da concentração média de dióxido de azoto (um indicador da poluição do ar) de 86% entre a primeira e a segunda fase de desconfinamento”.
O uso do automóvel é a principal causa deste aumento, já que é nas estações de tráfego que se verificam os maiores aumentos”, conclui, referindo que na Avenida da Liberdade os níveis registados agora estão muito próximos do valor-limite anual de dióxido de azoto, depois de ter registado a concentração mais baixa deste poluente desde 1994, durante o período de estado de emergência.
Já no Porto, a Zero avaliou a única das duas estações de monitorização de qualidade do ar com dados disponíveis desde o início de abril, onde já durante o estado de alerta e de emergência as concentrações tinham sido superiores “ao valor-limite de dióxido de azoto”.
Talvez pelo ponto de partida já ser muito elevado, as concentrações registaram apenas uma aumento da ordem dos 13% entre a 1.ª e a 2.ª fase de desconfinamento, mas estão já muito acima quando comparado com o valor-limite anual do poluente (quase 40% acima)”, constata a associação, que alerta ainda para o facto de a estação estar próxima de um semáforo, “o que pode interferir nos dados”
No comunicado, e referenciado pela Lusa, a Zero defende um conjunto de medidas para a cidade de Lisboa a implementar de forma progressiva para garantir “o cumprimento da legislação e melhorem a qualidade de vida numa das áreas mais nobres da cidade”, a Avenida da Liberdade.
Já no Porto, a associação entende que “é necessário resolver também estruturalmente os problemas de monitorização e qualidade do ar existentes”.