Longe vão os tempos em que a pirataria de conteúdos em Portugal era um sério problema. Com o fecho de vários sites, e também com o aparecimento de vários outros sites de streaming, o acesso a conteúdos de pirataria é cada vez menor.
De acordo com um estudo recente, o acesso a sites piratas caiu 70% em Portugal, após acordo antipirataria.
Em 2015 foi introduzida em Portugal uma iniciativa para combater a pirataria, o famoso Memorando de Entendimento Antipirataria. Muitos sites foram bloqueados (num total de 65 endereços) e agora, dois anos depois, é hora de fazer um balanço.
O novo relatório foi encomendado pela Motion Picture Association (MPA) em conjunto com a Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP). As conclusões mostram que, após a implementação de ordens de bloqueio de websites, entre novembro de 2015 e junho de 2016, houve uma redução significativa de utilizadores a acederam aos websites infratores.
O estudo foi concluído com um grupo de controlo global, como termo de comparação do que poderia ter acontecido se os websites não tivessem sido bloqueados.
Dados importantes do estudo
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Dos 250 principais websites não autorizados em Portugal, 65 foram bloqueados e a sua utilização diminuiu num total de 56,6% no período, mas aumentaram 3,9% globalmente.
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A utilização dos 250 principais websites não autorizados em Portugal diminuiu globalmente em 9,3%. No entanto, o grupo de controlo global apresentou um aumento de 30,8%.
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A utilização dos 30 websites bloqueados de língua portuguesa, que constam dos 250 principais websites não autorizados em Portugal, diminuiu 41,8%, embora tenha aumentado 39,2% no Brasil.
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As conclusões deste estudo estão em consonância com relatórios semelhantes realizados no Reino Unido, demonstrando que o bloqueio de websites é eficaz e reduz a utilização de websites infratores.
Paulo Santos, diretor-geral da FEVIP, referiu à Lusa que considera que serviços de streaming têm contribuído para uma redução de acessos a sites que disponibilizam conteúdos ilegais. No entanto, destaca também a importância do bloqueio dos sites:
A maior dificuldade de acesso a plataformas ilegais torna mais fácil o negócio dessas novas plataformas.
Via INCOPRO