Este artigo foi escrito para o PPLWARE.COM por Luis Peixe, Country Manager da Nokia Portugal.
Recentemente, temos vindo a assistir à emergência do termo smartphone, que está hoje presente sempre que se fala de comunicações móveis. Mas, afinal, o que é um smartphone?
A resposta a esta pergunta está na análise do tipo de utilização que os consumidores fazem de um equipamento móvel, geralmente denominado telemóvel; uma análise que é complexa, já que, como se costuma dizer, cada caso (pessoa) é um caso, com interesses, gostos e necessidades diferentes. O termo one size doesn’t fit all (uma única medida não serve a todos) resume bem a dificuldade que é encontrar uma solução que consiga satisfazer todos os tipos de utilização que cada pessoa dá ao seu dispositivo.
No entanto, e apesar desta dificuldade, a evolução tecnológica, a inovação dos fabricantes, a capacidade dos operadores móveis e a criatividade dos developers estão a conseguir criar um ecossistema de enorme valor, no qual as pessoas, a partir do seu equipamento móvel, podem tirar o máximo partido de cada momento, independentemente do local onde estão e dos seus interesses pessoais.
Hoje, podemos utilizar o telemóvel como aparelho GPS, que nos guia até ao local de destino; como dispositivo de acesso às contas de e-mail; como ferramenta de partilha de informação, de fotos ou do posicionamento geográfico, nas redes sociais; como browser na internet; ou, simplesmente, como forma de acompanhar a actividade das comunidades online. Este dispositivo permite também aceder a milhares de aplicações disponibilizadas pelas diversas application stores, assim como escolher, ouvir e descarregar músicas ou conteúdos de vídeo da Internet.
É certo que nem todos os utilizadores usufruem de todas estas funcionalidades, mas é exactamente aí que reside a marca distintiva dos smartphones, que os torna tão apelativos e diferenciadores relativamente aos telemóveis comuns: é que um bom smartphone é personalizável, permitindo que cada pessoa tire dele o partido que mais lhe convém e interessa.
No entanto, isto não é tudo. Existem outros factores que permitem diferenciar a oferta de smartphones e o tipo de experiências que podemos vivenciar graças a eles. Um desses factores, que tem vindo a assumir uma enorme relevância, é a experiência de utilização. A simplicidade com que se “navega” no menu do dispositivo, a forma gráfica como a informação é apresentada, o número de barreiras que existem até chegar a determinada aplicação, o tipo de interface (táctil, QWERTY, misto) e a capacidade de customização (múltiplos home screens, flexibilidade para posicionamento de widgets ou atalhos) são hoje aspectos críticos no desenvolvimento das diversas plataformas de software disponíveis.
E é exactamente no mundo das plataformas móveis que reside neste momento a grande aposta estratégica de diversos players do mundo das comunicações. Nesse sentido, a Nokia e a Intel anunciaram recentemente a fusão da Moblin e da Maemo, para criar uma nova plataforma denominada Meego, baseada em Linux. Esta plataforma, que irá suportar múltiplas arquitecturas de hardware e uma vasta gama de terminais, incluindo smartphones, netbooks, tablets, TVs em rede e sistemas de entretenimento em viaturas, inclui o ambiente de desenvolvimento de aplicações Qt, que permite aos developers desenvolver apenas uma vez para tornar as suas aplicações disponíveis numa variedade de terminais, e distribui-las através da Ovi Store Nokia.
Para além do aspecto funcional, espera-se igualmente que a experiência de utilização de um smartphone seja agradável e que o consumidor sinta prazer em usá-lo. Este sentimento conduz, inevitavelmente, a uma utilização intensiva, o que é compreensível se tivermos em conta que os smartphones são ferramentas de trabalho muito eficientes, assim como fontes de entretenimento e diversão.
A boa notícia é que estes equipamentos deixaram de ser artigos de luxo inacessíveis, para estarem ao alcance da maioria das bolsas. Desta forma, estão a contribuir para mudar o modo como utilizamos os dispositivos móveis.