Um pequeno artigo de opinião sobre os relacionamentos online…
Será possível apaixonarmo-nos por alguém que conhecemos pela Internet?
Será esse amor tão ou mais intenso que outro que acontece de forma ‘convencional’? Como sabemos que estamos apaixonados por alguém online? De que forma isso nos afecta e… porque afecta? Podemos escolher aqueles de quem gostamos ou… tal como à primeira vista, haverá amor à primeira tecla, sem margem para questionamentos?
Cada vez são mais comuns as histórias de casais que se conheceram através da Internet, nas redes sociais, num qualquer chat, através também de jogos como o Warcraft, aplicações como o Tinder ou outras vias de comunicação online.
No entanto, sempre que ouvimos algo como ‘Conhecemo-nos através da Internet‘, tendemos a desvalorizar essa mesma relação e, por norma, já perspectivamos o fim daquele ‘amor virtual’.
Mas a verdade é que muitos desses casais mantém o seu relacionamento durante vários anos e muitos são aqueles que casam e têm filhos com a sua alma gémea que encontraram de forma virtual.
Alguns estudos defendem que o namoro online é diferente do namoro ‘tradicional’ e, muitas vezes, as pessoas procuram o amor através da Internet uma vez que não encontram o par ideal na zona onde vivem, tornando-se, assim, o virtual, a forma encontrada para melhorarem as suas vidas, nomeadamente no campo afectivo.
Outro estudo, divulgado em 2013, afirma que mais de 1/3 dos casamentos americanos tem início via Internet e concluiu ainda que estes relacionamentos deixam os casais mais felizes, havendo menos casos de divórcio comparativamente com o relacionamento tradicional.
Segundo o site StatisticBrain, são já 41,250,000 o número de americanos que já experimentaram o namoro online. Na imagem seguinte podemos verificar alguns factos do namoro online:
São várias as vantagens de conhecer ou tentar encontrar a alma gémea online, mas também existem aspectos menos positivos. Vamos indicar alguns:
Vantagens
- Se não lhe apetece ou não gosta de sair, pode sempre encontrar alguém online
- Podemos escolher com quem falar e fazer uma pesquisa prévia sobre a pessoa
- Quando não estamos a gostar da conversa, podemos despedirmo-nos (ou ignorar) sem termos que confrontar a situação
- Tornamo-nos mais desinibidos, o que promove a interação com o outro
- Podemos sempre enviar fotos, vídeos, links que dinamizem a conversa
- Acabamos por conseguir conhecer melhor a pessoa uma vez que temos que conversar, fazer perguntas e interagir ao invés de descartarmos apenas devido à imagem ou à nossa timidez
- Temos mais probabilide de conhecer e conversar com potenciais parceiros que, doutra forma, viamos como inacessíveis
- Quando queremos dizer alguma coisa, podemos escrever, desabafar e a outra pessoa irá ler assim que possível
- Há um aumento do desejo natural de nos encontramos, conhecermos e estarmos com a outra pessoa, devido ao facto de estarmos conscientes que não a podemos ter no momento
Desvantagens
- A grande desvantagem é não estarmos com a pessoa sempre que quisermos, poder ir tomar café juntos, ir ao cinema ou alguma outra acticidade
- Não há interação entre sentidos como tacto, visão e paladar
- O que se diz online é desprovido de tom o que pode levar a interpretações erradas e desenvolver sentimentos que não correspondem à realidade, sendo que, na resolução de problemas, funciona melhor estar frente a frente que a discutir através de um chat
- Há sempre a hipótese de ser um perfil falso e acabamos por nunca ter a certeza com quem estamos a falar
- Podemos construir uma ideia errada da pessoa e ficarmos desiludidos aquando do encontro
- Se a pessoa nos deixar de falar, se não a conhecermos bem, podemos correr o risco de não a conseguir encontrar
- Torna-se mais difícil controlar outros possíveis relacionamentos da outra pessoa
O panorama tem vindo a mudar e é importante que as pessoas se consiencializem que namorar online não deve ser considerado ‘anormal’ ou pelo menos não devemos agoirar o fim daquela relação apenas porque teve o seu início de outra forma que não a convencional. Há cada vez mais jovens, adultos e até mesmo idosos que encontram na Internet uma forma de dar um ânimo aos seus sentimentos.
No entanto, é imprescindível ter atenção redobrada e tentar ao máximo ter a certeza de quem é a pessoa que está do outro lado, à qual estamos a contar histórias da nossa vida, partilhar uma certa intimidade, fotografias, dados pessoais, etc.
Aconselho a verem o filme/série CatFish – vejam aqui completo no Youtube – onde aborda a temática dos namoros online, focando-se nos perfis falsos que são construídos para enganarem as pessoas.
Assim sendo, a questão é: Haverá amor à primeira tecla?
Poderão os relacionamentos online ser tão ou mais fortes e verdadeiros quanto os convencionais? Já se apaixonaram por alguém pela Internet? Conte-nos a sua história e dê-nos uma opniao sobre este tema.