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Cloud Computing vai revolucionar as TI

Por António Miguel Ferreira CEO da Lunacloud

O acesso à Internet teve um grande impulso na segunda metade dos anos 90. Foi nessa altura que a maioria das pessoas e empresas se ligou pela primeira vez à Internet.

Atualmente, no que respeita à utilização de recursos de TI, sejam recursos de infraestrutura tão simples como RAM, CPU e DISCO, sejam aplicações, desde há alguns anos que assistimos ao surgimento de um conceito, chamado de “Cloud Computing” ou simplesmente “Cloud”. Amazon, iCloud, Azure, Dropbox, etc., são serviços que entraram no nosso dia a dia.

A Cloud está a revolucionar a forma como consumimos os recursos de TI, da mesma forma que a Internet revolucionou as comunicações há 20 anos atrás!

O paradigma de investir em equipamentos (servidores e sistemas de storage), de esperar dias ou semanas para os receber dos fabricantes, após a encomenda, e mais alguns dias ou semanas para os instalar, tem sido colocado em causa. E esses servidores, depois de instalados, consomem energia, têm que ser colocados num datacenter e têm que ficar ligados permanentemente à Internet. Consumindo recursos, muitas vezes desnecessariamente.

O mesmo se aplica ao paradigma de comprar software e instalá-lo no computador ou servidor, pagando pelo mesmo um valor inicial.

Hoje em dia, a Cloud oferece tudo isso, sem um investimento inicial, de tempo e dinheiro, prometendo diminuir o custo e o nosso esforço, obtendo exatamente os mesmos recursos. A Cloud é mais do que tecnologia. Um erro frequente é pensar que Cloud é igual Virtualização. Nada de mais errado.

A Virtualização é uma tecnologia importante, que permite otimizar a forma como usamos os servidores e é um dos fundamentos da Cloud. Mas a Cloud é um conceito mais abrangente.

Um serviço Cloud tem que respeitar 5 características essenciais:

As 5 características acima indicadas são essenciais em qualquer serviço Cloud. Mas existem serviços Cloud distintos, que endereçam necessidades de diferentes utilizadores:

Hoje em dia, as pessoas e as empresas têm que gerir os seus recursos financeiros de forma mais criteriosa e usá-los apenas à medida das necessidades e expetativas de crescimento. O modelo Cloud, além de evitar investimentos iniciais, também se adapta ao crescimento, ou diminuição da procura. Por outro lado, quando não se têm recursos próprios, recorre-se ao crédito (financiamento), para fazer investimento. Na conjuntura atual, também o acesso ao financiamento é cada vez mais difícil. Por isso, as empresas e os particulares podem optar por usar os seus recursos financeiros em promover a sua atividade, em implementar uma estratégia comercial ou em contratar colaboradores que acrescentem valor, em vez de os dedicarem à compra de servidores ou aplicações. Mais uma vez, trata-se de uma necessidade que conjuga perfeitamente com o modelo Cloud, pois podemos ir gerindo/gastando os recursos em função das necessidades reais e não em função das previsões, evitando assim gastar demais ou ter menos recursos do que os necessários.

O processo de adaptação da economia, das empresas e das pessoas ao modelo Cloud vai ser gradual, pois há barreiras culturais, psicológicas e legais, relacionadas com aspectos como a confiança no fornecedor, a legislação aplicável, a localização geográfica da informação, entre outros, que vão sendo ultrapassados ao longo do tempo. Mas os próximos 5 anos serão tão importantes na adopção da Cloud, como a segunda metade dos anos 90 foi para a Internet. É um processo inevitável, que fará com que as TI deem mais um salto qualitativo e que fará com que percamos menos tempo com necessidades básicas e mais tempo a empreender, a fazer a diferença, dedicados às nossas atividades principais.

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