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O misterioso drone soviético que sobrevoou países da NATO

 A Croácia criticou recentemente a NATO pelo que disseram ser uma reação lenta ao voo de um aparelho aéreo não tripulado (drone) desde a zona de guerra na Ucrânia sobre vários Estados-membros da organização, despenhando-se numa zona urbana de Zagreb.

O drone atravessou a Roménia e a Hungria antes de entrar na Croácia, no final de quinta-feira, onde acabou por se despenhar.


Drone Tu-141 despenhou-se na Croácia… mas ninguém sabe de quem é

Ninguém sabe de onde descolou, nem a que país pertence, mas a aeronave que “devia pertencer a um museu” voou sobre três países da NATO durante mais de uma hora sem ser detetada, revela a CNN.

De acordo com as informações, o drone despenhou-se num campo perto de um dormitório para estudantes. O impacto danificou cerca de 40 carros, mas não provocou feridos. A NATO afirmou que tinha rastreado o trajeto, mas o primeiro-ministro da Croácia disse que as autoridades do país não tinham sido informadas e que a aliança apenas reagiu depois de questões colocadas pelos jornalistas.

O chefe do Governo croata assinalou que se trata de um avião de reconhecimento Tu-141, da era soviética, e que voou mais de 40 minutos sobre a Hungria e seis a sete minutos sobre a Croácia.

O primeiro-ministro referiu que apenas uma investigação poderá determinar quem lançou o ‘drone’ – se russos ou ucranianos –, sendo que os dois países negam ter lançado o equipamento.

Especialistas militares citados pela AP referem que a Ucrânia é o único operador conhecido, atualmente, de Tu-141, um aparelho que tem uma envergadura de quase quatro metros e que pesa cerca de seis toneladas.

Este drone entrou em serviço pela primeira vez em 1979, mas acabou por deixar de ser utilizado no ano de 1989. Suspeita-se que tenha sido reintroduzido nas forças armadas ucranianas em 2014, durante o conflito na região do Donbass.

A Croácia, país membro da NATO desde 2009, encontra-se a cerca de 550 quilómetros (em linha reta) do território ucraniano, alvo de uma ofensiva militar russa desde 24 de fevereiro.

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