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Número de trabalhadores nas telecomunicações está a cair

Com a pandemia por COVID-19 e com o aumento das necessidades dos serviços de telecomunicações, era expectável que o sector das telecomunicações estivesse a crescer no que diz respeito a recursos humanos! No entanto, o cenário é outro.

Em cinco anos, o número de trabalhadores na área das telecomunicações reduziu-se em 3914. O que está a falhar?


Trabalhadores na área das telecomunicações: Só de 2019 para 2020 houve uma quebra de 1902

Segundo revela o JN, tendo com base o relatório “Mercado das Comunicações na Economia Nacional (2016-2020)”, da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) em meados de dezembro, nunca houve tão poucos trabalhadores nas telecomunicações.

Fonte oficial da Anacom confirma ao JN/DV que a redução de recursos humanos (incluindo funções de apoio ao negócio, como as áreas financeiras e administrativas) culminou nos números de trabalhadores “mais baixos de sempre” do sector.

Em cinco anos, o número de trabalhadores da área das telecomunicações reduziu-se em 3914. Só de 2019 para 2020 houve uma quebra de 1902 – ou seja, num único ano o sector perdeu quase metade dos trabalhadores que tinha perdido em cinco.

Contactadas as operadoras Altice, NOS, Vodafone e a associação dos operadores, a Apritel, apenas a Altice respondeu. Para a empresa, a responsabilidade é do regulador. Segundo o que é referido…

O ambiente regulatório adverso e hostil, causado pela autoridade reguladora – Anacom – tem vindo a destruir valor ao mercado. Inevitavelmente, este cenário de instabilidade e falta de previsibilidade regulatória induz à redução de investimento por parte dos operadores e, consequentemente, cria condições para a destruição de emprego

O relatório da ANACOM refere que o emagrecimento do nº de trabalhadores na área das telecomunicações deve-se “maioritariamente ao acentuado decréscimo do número de empregados de um dos prestadores com maior dimensão no mercado de comunicações eletrónicas”. Acresce que “outro dos prestadores mais relevantes no sector” registou também “uma redução considerável do seu número de empregados”.

Com o início do novo ano e com novos desafios, especialmente ao nível do 5G, pode ser que o cenário se inverta. Por agora são estes os números que servem para reflexão.

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