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Nokia pagou a chantagistas que tinham código fonte do Symbian

Todas as grandes empresas têm no código que desenvolvem os seus maiores activos e também os elementos que mais querem proteger. É algo único e que as destaca, garantindo assim uma maior superioridade sobre os seus concorrentes.

Mas quando esse código cai nas mãos de bandidos mal intencionados, as empresas vêm-se obrigadas a fazerem tudo para se proteger, incluindo pagar quantias avultadas para manter.

Foi precisamente isso que aconteceu à Nokia em 2006, quando esta foi vítima de chantagem para que o código do Nokia Symbian não fosse revelado.

Este caso foi mantido secreto pela gigante Finlandesa, apesar de ser sempre seguido pela polícia. Segundo foi adiantado pela estação de televisão Finlandesa MTV, entre os anos de 2006 e 2007 a Nokia foi contactada por criminosos que ameaçaram revelar o código fonte do seu software de dispositivos móveis Symbian, exigindo o pagamento de valores elevados para manter os seus dados em segredo.

A Nokia acabou por pagar vários milhões de dólares para que esse código fosse mantido secreto e nem mesmo a polícia conseguiu prender os criminosos depois de ter sido chamada para resolver o caso.

Segundo o canal de televisão MTV os criminosos tinham consigo a chave de cifra de uma parte importante do código e ameaçavam revelá-la publicamente caso os valores exigidos não fossem pagos.

A Reuters contactou a polícia Finlandesa que confirmou que este caso era real e que estava ainda a ser investigado, não tendo ainda qualquer informação adicional sobre o caso.

Quando confrontada com a chantagem, a Nokia pediu a intervenção da polícia para ajudar na resolução do caso e prender os criminosos. Mas na entrega do dinheiro, num parque de estacionamento da cidade de Tampere, este acabou por ser recolhido e os criminosos conseguiram fugir sem que tivessem sido presos.

Caso a chave de cifra tivesse sido revelada publicamente não era apenas o Symbian que poderia ter sido tornado público, mas esta chave poderia também ter sido usada para roubo de dados dos utilizadores e para a colocação de malware nos dispositivos.

Qualquer aplicação assinada com essa chave seria considerada fidedigna pelos sistemas e pelos utilizadores, podendo o código da mesma conter processos de recolha de dados maliciosos e prejudiciais para os utilizadores.

A dimensão deste problema era elevada pois o Symbian, na altura, estava presente em mais de 50% dos dispositivos da marca.

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